O gerente-geral do Banco da Amazônia em Roraima (Basa), Liércio Soares, anunciou a liberação de R$ 70 milhões pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) para aplicações este ano no setor produtivo, como indústria, comércio e agricultura familiar. O investimento contempla micro e pequenas empresas e pessoa física do agronegócio.
Para se beneficiar com os investimentos em longo prazo, a empresa precisa apresentar um projeto de viabilidade, que prevê capacidade de pagamento, geração de emprego e renda. Em outras operações simples, de capital de giro, ele informou ser desnecessária apresentação de projeto.
“A única observação em relação à agricultura familiar diz respeito à inadimplência. Estamos operando somente com a renovação daqueles que estão adimplentes com banco”, informou Soares ao complementar que nos últimos cinco anos a agência do Basa em Boa Vista liberou R$ 193 milhões para financiamentos.
Segundo ele, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu a taxa de juro do FNO para micro e pequenas empresas, com vigência até o dia 31 de dezembro deste ano. “Hoje, inicialmente as taxas estão em 0,76% e antes a menor era de 1,25%”, frisou.
Na ocasião, Soares entregou a empresários do frigorífico Frigo 10, o primeiro empreendimento privado do ramo, contrato de financiamento em longo prazo de aproximadamente R$ 20 milhões. O pecuarista e empresário Antônio Benário disse que até então o frigorífico estava sendo construído desde 2011 com recursos próprios.
Segundo ele, o projeto de investimento foi aprovado na semana passada pelo Basa. “Com esse recurso, será possível antecipar o ciclo de construção do Frigo 10. Dessa forma, será possível utilizar os recursos próprios dos empresários sócios do frigorífico para capital de giro, o que consequentemente agilizará o processo de produção”, disse.
Benário explicou que o Frigo10 é um investimento realizado em parceria com 10 empreendedores, com base em normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A previsão é que até o final deste ano o frigorífico esteja concluído. “Iremos gerar cerca de 300 empregos diretos e mais 4 mil indiretamente”, frisou.