Polícia

Servidores públicos usavam codinome para driblar investigação da PF

A operação, deflagrada na manhã desta terça-feira, 24, cumpriu mais sete mandados de busca e apreensão

Durante a operação Rryan, deflagrada às 6h desta terça-feira, 24, a Polícia Federal em Roraima (PFRR) cumpriu mais sete mandados de busca e apreensão nos bairros Caçari, Paraviana, Buritis e Cidade Satélite.

O nome da operação remete ao codinome que era utilizado, por alguns dos servidores públicos investigados, para identificar o ex-governador foragido da Justiça. 

O inquérito policial investiga práticas criminosas referentes a favorecimento pessoal, associação criminosa e corrupção passiva que envolve a atuação de servidores públicos e políticos que estariam ocultando o criminoso condenado, ex-governador.

A Polícia Federal afirmou que os investigados tentaram ainda remover o ex-governador, de Boa Vista para a Venezuela, fazendo uso de aparato estatal para proteção de Neudo Campos.

Além do cumprimento de prisão em desfavor do ex-governador de Roraima, Neudo Campos, ocorreu ainda mandado de prisão preventiva, em desfavor de Maria de Fátima Araujo Costa, secretária adjunta de Relações Internacionais do Estado de Roraima, que já havia sido informado aqui na Folhaweb. A secretária foi encaminhada à cadeia pública feminina e esta à disposição da Justiça Federal.

Após representação e deferimento pela Justiça Federal, a prova coletada no inquérito policial já pode ser utilizada para instruir ações de improbidade administrativa, processos administrativos disciplinares e representação interventiva no estado, medidas que podem culminar no afastamento de políticos eventualmente envolvidos nas práticas investigadas.

Os dois policiais militares, que tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, sem prazo, estão custodiados no Comando de Policiamento da capital (CPC).

DENÚNCIA

A investigação continua, para apurar a participação de outros servidores públicos e políticos nos crimes investigados. Qualquer cidadão pode colaborar para a localização e prisão de criminosos, pessoalmente ou através do telefone da Polícia Federal (95) 36211500. Outras prisões e buscas podem ser analisadas e deferidas pela Justiça no bojo desta operação.

Com informações da Polícia Federal.