No dia 28 de abril membros de vários sindicatos, como Polícia Civil, Enfermagem, Trabalhadores Rurais, Jornalistas, Servidores Federais, além de estudantes, integrantes da Diocese de Roraima, do Núcleo de Mulheres e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros realizarão uma paralisação em protesto contra as reformas do governo Temer, incluindo Previdência, legislação trabalhista e terceirização.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, a paralisação será de 24 horas e pretende reunir mais pessoas além dos trabalhadores.
“Queremos reafirmar que essa é uma luta de todos, não só dos servidores públicos. Todos estão convidados a participar e lutar por esse direito que estão querendo nos tirar através dessas reformas. Estamos também pensando a longo prazo, no nosso futuro. Não são apenas os trabalhadores de agora que sofrerão as consequências, mas também os estudantes, que serão inseridos no mercado de trabalho em breve, e os nossos filhos. Por isso estamos fazendo essas ações e convidando todos para participar. Quanto maior o movimento, mais atenção chamaremos”, afirmou.
Sobre ser uma paralisação de 24 horas corridas, Figueira alertou os trabalhadores a compensarem a falta posteriormente. “É melhor sofrer um dia do que sofrer sem a aposentadoria futuramente. Já pensou se aposentar com 90 anos? É inadmissível! Melhor parar apenas um dia e depois recuperar do que sofrer as conseqüências dessa Reforma”, enfatizou.
Na plenária também estava presente Hugo Peres, sindicalista há 54 anos. Para ele, 28 de abril será conhecido como o “Dia D”. O movimento pretende chamar atenção das autoridades, população e da mídia. “Precisamos dar uma resposta à altura, lutar contra essa Reforma. Temos que mostrar para o Brasil a força que temos. Precisamos tirar da mente essa ‘doutrina militar’, que insiste em dizer que o brasileiro é um povo pacífico.
Vamos à luta sim quando preciso”, criticou.
Ainda não foi estabelecido oficialmente se no dia 28 serão realizadas outras manifestações sindicais. Até o momento, a única confirmação é a paralisação de dezenas de trabalhadores em forma de protesto.