Cotidiano

Servidores deflagram greve por tempo indeterminado

Um grupo de aproximadamente 20 funcionários está mobilizado na Praça do Centro Cívico; Eles exigem uma definição do Governo sobre o pagamento de março

Servidores da Companhia Energética de Roraima (Cerr) deflagraram nesta quinta-feira, 19, greve por tempo indeterminado. A medida ocorre em razão de atraso salarial referente ao mês março.

Um grupo de cerca de 20 pessoas está mobilizada em uma tenda, montada na Praça do Centro Cívico, próxima a entrada da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR)

Conforme o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Roraima (Stiu), Gissélio Cunha, na sexta-passada, a categoria realizou uma paralisação de 48h para tentar sensibilizar direção sobre a situação dos trabalhadores, nem ela, nem o Governo do Estado, deram qualquer retorno sobre quando haverá a normalização do pagamento de salário

“Sabe-se que a situação da Cerr vem se arrastando há bastante tempo, desde o ano passado, quando a empresa perdeu a concessão para operar no setor, passando para a Eletrobras a responsabilidade de cuidar dos 14 municípios do interior. Baseada em um entendimento jurídico de que os empregados não concursados, ou seja, aqueles que estão na empresa há mais de 20 anos, são considerados contratos nulos, eles só passariam a ter direito ao saldo de salário. Por conta disso, a empresa suprimiu todas essas pessoas com um acordo coletivo, além de reduzir os salários em 80%, que estão sendo pagos com 30 dias de atraso. Por esse motivo a realização da greve”, disse.

Ao todo, segundo o sindicalista, mais de 500 servidores estão sendo afetados com o atraso de vencimentos. Questionados sobre os impactos da greve nos serviços, ele conta explicou que, mesmo com a cedência de funcionários da companhia para a Eletrobras, os trabalhadores continuam subordinados ao Estado, ou seja, o pagamento destes servidores é de responsabilidade do Governo Estadual.

 “Temos 53 empregados que estão cedidos graças a um Termo de Cooperação. A maioria deles são operadores que atuam nas cidades do interior. Nessa situação, a Eletrobras Roraima também tem culpa, já que após a perda da concessão da Cerr, a empresa passou a utilizar o patrimônio da companhia, incluindo a mão de obra dos diversos empregados, e eles também estão sendo penalizados com cerceamento dos salários. Sempre que fazemos greve, as diretorias das empresas são notificadas, por conta da responsabilidade solidária”, completou.

O OUTRO LADO – A FolhaWeb entrou em contato com o Governo do Estado e Eletrobras para saber um posicionamento de ambas. A reportagem aguarda respostas.