Cotidiano

Saúde dos imigrantes será acompanhada por sala de monitoramento

De acordo com a Coordenadoria Geral de Vigilância Sanitária (CGVS), a ideia é concentrar o máximo de informações a respeito da situação dos imigrantes acolhidos no Estado

Representantes de aproximadamente 15 entidades públicas, privadas e ONG’s (Organização Não Governamental) que trabalham no acolhimento de imigrantes venezuelanos em Roraima, participaram na manhã desta terça-feira, 3, de uma reunião na CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), visando a implantação da “Sala de Situação Migração” no Estado.

A Sala vai funcionar como um Coes (Centro de Operações de Emergência em Saúde) com o objetivo de concentrar o máximo de informações a respeito dos imigrantes venezuelanos. 

“Com isso, vamos preparar as autoridades de saúde para evitar surtos de grandes doenças ou agir corretamente no caso de uma possível emergência pública em saúde”, explicou a coordenadora Geral de Vigilância em Saúde, Daniela Souza.

Conforme ela, essas são as primeiras tratativas do Estado para instituir a Sala. Na semana passada, técnicos do Ministério da Saúde vieram a Roraima para elaborar proposta de ações contra doenças erradicadas e que podem voltar a circular no Estado, a exemplo do Sarampo e da difteria, em decorrência da imigração venezuelana.

“Para instituir a Sala foi preciso no primeiro momento uma reunião com Ministério da Saúde que já se mostrou favorável à criação e está em campo colhendo informações para montar um perfil aprofundado e que mostre a realidade dos venezuelanos que entram e saem do Estado”, reforçou Souza.

PRÓXIMO PASSO – Ela explicou que o próximo passo será a criação de protocolos de trabalho para que todas as organizações envolvidas possam, a partir de agora, elaborar um protocolo de trabalho que permita a interação de informações e a produção periódica de relatórios.  “Quando tudo estiver definido, a governadora Suely Campos vai publicar um decreto no Diário Oficial regulamentando as ações da Sala, a expectativa é que isso ocorra dentro de um mês”, disse.

“A partir daí Sala começa a produzir, de fato, relatórios que vão fomentar políticas públicas de assistência em saúde para toda a sociedade. Não só isso, os dados levantados serão apresentados regularmente para a imprensa para que as informações colhidas por nós posso chegar a todos”, complementou a coordenadora.

ALERTA – Ciente do risco de surtos de doenças contagiosas, a Sesau está apoiando os municípios com ações de imunização por meio do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações.

Na semana passada, por exemplo, foi realizada uma ação de vacinação contra catapora no CRI (Centro de Referência ao Imigrante), que em breve será realizada em outros municípios.

Antes disso, uma criança venezuelana faleceu por difteria. Neste caso, imediatamente foi feito o chamado bloqueio vacinal, ou seja, todas as pessoas com quem a criança teve contato foram imunizadas, o que impediu o avanço da doença.

No início deste mês o governo emitiu uma nota para os municípios e gestores das unidades de saúde alertando para a necessidade de detectar e notificar rapidamente qualquer caso suspeito de sarampo, o que possibilitará que as medidas de controle sejam realizadas oportunamente interrompendo a cadeia de transmissão.

 As orientações são para que a população esteja com a vacinação em dia e fique alerta a qualquer sintoma.