Política

RR é reconhecido oficialmente como área livre de aftosa com vacinação

Assinatura da portaria que reconhece esse status era aguardada desde o final do ano passado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou ontem, 25, por meio de instrução normativa, o Estado de Roraima como zona livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, produtores do estado poderão vender carne bovina para as demais unidades da federação, exceto para Santa Catarina, que é área livre da doença sem imunização. A solenidade ocorreu em Brasília, no gabinete do ministro Blairo Maggi, e o presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Vicente Barreto, representou a governadora Suely Campos.

“Isso comprova o eficiente trabalho que foi desenvolvido pelo Governo do Estado para conseguir livrar Roraima da Febre Aftosa. Nesses últimos dois anos, atendemos todas as recomendações do ministério para alcançarmos essa vitória, junto com nossos produtores”, comemorou Suely.

Para o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a assinatura da instrução normativa é resultado de um esforço de muitos anos. “O reconhecimento de Roraima, como livre de aftosa com vacinação é resultado de compromisso assumido pelo setor privado, com apoio do Ministério da Agricultura e do governo estadual”, acrescentou o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Guilherme Marques.

Na solenidade também estavam presentes representantes da bancada de deputados federais e senadores de Roraima. Presente à reunião, o vice-presidente do Partido Progressista nacional (PP), deputado Hiran Gonçalves (RR), avaliou como um fato histórico para Roraima o recebimento do status. “Quero enaltecer o trabalho do governo do presidente Michel Temer, do ministro Blairo Maggi e de todos os técnicos do MAPA e da defesa animal federal do estado, bem como o empenho da governadora Suely Campos (PP) e da bancada federal, para que conseguíssemos alcançar esse objetivo, que vai viabilizar o desenvolvimento desse segmento tão importante da classe produtiva do nosso Estado”, afirmou.

Para o presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima, Vicente Barreto, a conquista de Roraima do status de estado livre da febre aftosa com vacinação é de várias mãos, dos técnicos da defesa agropecuária, do Governo do Estado e também da classe produtiva. “A nossa missão, a partir de agora, é manter esse status e continuar avançando, com o pleito internacional e, futuramente, com a retirada da vacina”, declarou.

A confirmação do status livre de aftosa ocorreu no final do ano passado, quando o Mapa divulgou o resultado da auditoria realizada em Roraima e que conferiu à Aderr a nota 95, após a reestruturação da Aderr e incentivo à vacinação do rebanho, que registrou cobertura recorde no período. Na última etapa da vacinação, a cobertura vacinal foi de 763.225 animais, perfazendo um total de 97,3% do rebanho bovino. “Esse é um número excelente, já que o Mapa exige 90% de animais imunizados para autorizar o status de livre da doença”, observou o presidente da Aderr, Vicente Barreto, ao lembrar que os produtores têm até o dia 30 deste mês para novamente vacinar o rebanho.

Pecuaristas esperam crescimento na economia

Com o reconhecimento Nacional de Roraima como livre de Febre Aftosa com vacinação, os pecuaristas roraimenses esperam um crescimento na economia nos próximos anos. Isso devido à possibilidade de vendas para outros estados.

Para o pecuarista Antônio Denarium, essa é a oportunidade que Roraima tem de crescer economicamente e se destacar no mercado de carnes. “Com esse reconhecimento, iremos conquistar novos mercados, ver a geração de renda e os empregos crescerem no nosso Estado, pois outros pecuaristas sentirão segurança em vir investir em Roraima”, explicou.

De olho no mercado externo, os pecuaristas também estão se preparando para receber o certificado internacional, com a instalação de um novo frigorifico em Roraima. “Estamos prestes a inaugurar o Frigo 10, que é uma iniciativa de um grupo de pecuaristas daqui, e esse reconhecimento foi fundamental para que o frigorífico exporte carne para outros estados e países, gerando quase 300 empregos diretos e mais de cinco mil indiretos”, destacou o pecuarista Antônio Denarium.