Polícia

Homem é assassinado e tem corpo jogado na lagoa em uma invasão

Assassinado durante uma briga generalizada, possivelmente a golpes de facão, corpo foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros

No fim da tarde desta quarta-feira, 13, a equipe de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) localizou o corpo de um homem aparentando ter 40 anos e sem identificação, que foi assassinado possivelmente a golpes de facão. O cadáver foi jogado pelos criminosos dentro de uma lagoa, nos fundos das residências numa área de invasão, na Rua NCO, bairro Nova Cidade, zona oeste de Boa Vista.

De acordo com as informações de um dos bombeiros, as buscas já estavam acontecendo há mais de 12 horas, quando o corpo foi encontrado submerso, a cerca de um metro e meio de profundidade. No cadáver há marcas de cortes profundos na região da costela e a cabeça estava desfigurada por conta da violência que a vítima sofreu. A polícia afirmou que as lesões foram causadas por material perfuro-cortante, mas que não poderia especificar.

Muitos curiosos aglomeraram-se para acompanhar o trabalho da polícia, que fez diligências na área a fim de encontrar os autores do crime. Uma equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) chegou ao local por volta das 17h e fez a remoção do corpo, que será submetido à necropsia para elaboração do laudo que ateste com exatidão a causa da morte.

As buscas pela vítima iniciaram-se depois que moradores do bairro acionaram a Polícia Militar denunciando que um homicídio havia ocorrido naquela região por volta das 22h de terça-feira. As testemunhas disseram que a motivação do crime foi uma briga generalizada entre quatro elementos, que resultou na morte de um deles. O corpo foi jogado na lagoa.

Após ouvir os denunciantes, a guarnição da PM foi até a casa de uma moradora, local onde teria ocorrido a briga, e vasculharam o quintal da residência, onde foram encontradas marcas de sangue pelo chão, apesar da tentativa de limpá-las com um ciscador, além de um facão que também tinha marcas de sangue.

A dona do imóvel confessou ter ouvido alguns elementos brigando em seu quintal, onde também foi localizada uma bicicleta alguns metros de distância do barraco. O transporte, possivelmente da vítima, estava parcialmente submersa no lago, escondida em meio ao capim. Mesmo assim, ela disse que não viu qualquer movimentação porque estava deitada com sua família e um casal de amigos. Alegou que não quis abrir a porta porque sentiu medo.

Agentes da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) e da perícia da Polícia Civil estiveram presentes na cena do crime aguardando que o cadáver fosse achado. Uma testemunha contou aos investigadores que ouviu um barulho de pessoas correndo e que, ao abrir a janela, avistou três indivíduos correndo em direção à Rua Salvador. Populares citaram o nome de um dos suspeitos à polícia.

As três testemunhas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos dos fatos à autoridade policial, tendo em vista que no terreno de um dos barracos foram encontradas as marcas de sangue, a bicicleta e o facão. No entanto, o delegado de plantão justificou que não foi apresentado qualquer indício de materialidade que comprove a participação dos conduzidos no crime, por este motivo pediu que fossem liberados.

O caso continua sob investigação da Delegacia Especializa. Até o começo da noite de ontem, nenhum dos suspeitos de ser o autor do homicídio foi identificado. (J.B)