Cotidiano

Governo vai recuperar rodovia de acesso à Serra do Tepequém

Investimentos em infraestrutura de transporte garantem desenvolvimento para o município, que é um dos mais importantes polos turísticos do Estado

Durante a 12ª edição da Festa do Milho do Amajari, na noite desse sábado, 12, a governadora Suely Campos assinou a ordem de serviço para a recuperação da RR 203, rodovia estadual que liga a sede do município à Vila Tepequém, umas das regiões turísticas mais importantes de Roraima. “Em janeiro, anunciei que iríamos recuperar a RR 203 este ano. Com o período do inverno chegando ao final, vamos iniciar os trabalhos nesta semana. A estrada vai ficar muito boa. Trabalharemos na recuperação não só da rodovia, mas também de estradas vicinais”, ressaltou a governadora e adiantou que o processo de licitação para o aluguel de máquinas para a restauração das vicinais está em fase final.

De acordo com a prefeita do Amajari, Vera Lúcia Cardoso, a população do município é quem ganha com as boas notícias dadas pela governadora, entre elas, a recuperação da RR 203 e a manutenção de estradas vicinais. “O Amajari precisa desse acolhimento. É um município com um povo trabalhador, temos muitos produtores rurais. Além disso, é um polo de turismo e depende muito de ter boas estradas”, disse.

Vera Lúcia Cardoso ressaltou ainda o empenho do governo estadual no resgate de eventos tradicionais da cultura regional. “Agradecemos a colaboração e dedicação da governadora Suely Campos com o nosso município e o apoio para o resgate da Festa do Milho, um evento tradicional que não era realizado há muitos anos”, afirmou.

“O trabalho do nosso governo tem sido, frequentemente, resgatar as tradições do nosso Estado. A Festa do Milho, que surgiu em 1998, na gestão do então governador Neudo Campos, estava adormecida há anos e agora estamos resgatando”, confirmou a governadora Suely.

A Festa do Milho do Amajari foi realizada, no Parque de Exposições, por funcionários da Escola Estadual Ovídio Dias, com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura local. “É uma festa tradicional que agrega a população da sede, dos arredores, comunidades indígenas, e pessoas que vêm de outros municípios”, disse a governadora e ressaltou que o evento fortalece a cultura.

Feliz com a realização da Festa do Milho, a gestora da Escola Estadual Ovídio Dias, Natividade Vieira, destacou a importância do evento, ocorrido pela primeira vez em 1998, quando era gestora da Escola Estadual José Pereira de Melo, que hoje não existe mais.

“Com o meu retorno para a Escola Ovídio Dias, estamos resgatando a tradicional Festa do Milho, bastante conhecida no município e que estava há quase 12 anos sem ser realizada. Essa Festa era inserida no calendário cultural do Estado e do município. Este ano, estamos retornando com todo vapor”, disse.

Segundo a moradora Iana de Freitas, natural do município, que prestigiou o evento com o marido e os filhos, a volta da festividade é motivo de alegria para todos. “É maravilhoso. Há muito tempo não acontecia. Graças ao empenho da gestora Nati, a Festa do Milho está de volta. Parabéns aos apoiadores”, afirmou.

A artesão Ester Silva de Souza, da Serra do Tepequém, estava com uma barraca com exposição e venda de artesanato produzido com pedra sabão. “Fomos convidados para participar do evento e trouxemos peças produzidas com a matéria-prima da Serra do Tepequém, a pedra sabão, e também com fibra do buriti. Trabalhamos com biojoias. É uma valorização da nossa pedra”, disse e explicou que a pedra sabão só existe em Roraima, no Tepequém, encontrada em cinco tonalidades diferentes, e em Minas Gerais, na cor cinza. “Somos agraciados com essa matéria-prima riquíssima”, frisou.

A 12ª Festa do Milho contou com apresentação de quadrilhas, dança do carimbo, com alunos da Escola Municipal Ieda da Silva Amorim, escolha do Rei e da Rainha do Milho, show com a banda Meu Forró, do Amajari, e com as bandas Bicho de Pé e Chapéu de Couro, de Boa Vista. A vencedora do concurso Rainha do Milho foi a estudante Renata Freitas, 17 anos.  Marcus Kauã, 14 anos, foi eleito o Rei do Milho.

Amajari- O município possui atualmente uma estimativa de 1.215 propriedades rurais, onde são executadas as mais diversas vertentes da agricultura, como a piscicultura, fruticultura, bovinocultura, entre outras.  É o maior polo de piscicultura do Estado. Ao todo, a região conta com uma área de 1.270,75 hectares de lâmina d’água, onde são produzidas 3.812,50 toneladas de pescado.

O trabalho é dividido entre 44 criadores, sendo seis em comunidades indígenas, 25 de agricultura familiar, cinco de pequeno porte, um de médio porte e sete grandes produtores. O maior piscicultor da região é Aniceto Wanderley, com cerca de 700 hectares de lâmina d’água.

Na agricultura, o forte é a plantação de arroz irrigado, administrada por um médio produtor em uma área de 700 hectares, com produção de cinco mil toneladas por safra.

A fruticultura se faz presente com a produção de banana. Na região, existem 140 hectares de plantio da fruta, com uma produção média de dez toneladas por hectare.

Outro item da agricultura presente no Amajari é a mandioca. A estimativa de área plantada é de 400 hectares, com produção média de 15 toneladas por hectare.