Cotidiano

Ex-PM que matou três pessoas disse que não irá comparecer à julgamento

O júri popular ocorre no dia 19 deste mês

O ex-policial militar Felipe Quadros, de 23 anos, que será levado a júri popular no dia 19 deste mês informou que não irá comparecer ao seu julgamento utilizando do direito ao silêncio, norma constitucional que dá ao direito de não participar, de qualquer modo, na acusação estatal contra si mesmo. 

O julgamento do réu, que é acusado de triplo homicídio e uma tentativa de homicídio, foi confirmado pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) e será realizado no auditório da 1ª Vara do Júri, no Fórum Criminal de Boa Vista, no bairro Caranã.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) ainda em dezembro de 2015, pouco mais de um mês após ter cometido os crimes, que ocorreram no dia 9 de novembro daquele ano. No processo, consta que ele assassinou a tiros três pessoas, além de ter tentado matar uma quarta vítima.

Consta na denúncia, protocolada pela Promotoria de Justiça, com atuação junto ao Tribunal do Júri, que os crimes foram premeditados, mediante emboscada e por motivo fútil. Parte da ação do ex-policial foi gravada por câmeras de segurança da residência de dois dos mortos no triplo homicídio.

O CASO – No dia 9 de novembro de 2015, o então policial militar Felipe Quadros executou pai e filha, Eliézio Oliveira e Jannyele Filgueira, em frente à residência da família, no bairro Pricumã, zona oeste. Na ocasião, o policial usava pistola e colete à prova de balas pertencentes à corporação. Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança da residência.

Após a execução das duas primeiras vítimas, o agora ex-policial militar foi até o bairro Caimbé, também na zona oeste, e assassinou o empresário Ernane Rodrigues, que morreu em frente à própria casa, na Rua Ruth Pinheiro. O então policial ainda disparou tiros contra o vizinho do empresário, que ficou ferido quando tentou intervir na execução da vítima.

Quadros não aceitava o fim do relacionamento com uma ex-namorada, que mantinha relação de amizade com as vítimas, com exceção de Ernane, com quem supostamente teria dúvidas relativas a aluguel de veículos.