Política

Comandante da PM afirma que corporação não faz distinção de nacionalidade entre criminosos

O comandante da Polícia Militar afirmou que a presença de venezuelanos colaborou para o aumento da criminalidade

A população de Roraima, especialmente em Boa Vista, tem visto o índice de criminalidade crescer cada vez mais. A imigração desenfreada de venezuelanos para o Brasil tem colaborado para o aumento desses números. Em entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, dia 25, o comandante da Polícia Militar de Roraima, Edison Prola, afirmou que todos os dias dezenas de venezuelanos são detidos por assaltos, roubos e furtos, mas destacou que na mesma proporção prende brasileiros. Ele frisou que a corporação trabalha para garantir a segurança de uma forma geral, para toda a população, inclusive imigrantes, e que criminosos serão presos independente da nacionalidade. 

Prola destacou que em nenhum momento a PM incentiva a xenofobia contra venezuelanos. Ele lembrou que no sábado, dia 24, um grupo de brasileiros organizou uma manifestação contra a presença de venezuelanos em Roraima na Praça Simón Bolívar, local que tem servido de acampamento para os imigrantes que chegam ao Estado.

Ele disse ainda que apesar das orientações, o grupo resolveu manter o local do protesto. Para garantir a segurança do local, a PM ficou de alerta com viaturas nas redondezas para conter qualquer possível desordem. “Felizmente ocorreu tudo dentro do normal, o público esperado não apareceu, foram apenas 50 pessoas que se manifestaram de forma pacífica”, pontuou.

Quanto aos crimes praticados por venezuelanos, o comandante da PM destacou que a maior incidência é o roubo de celulares. “Uma moeda de troca pra os venezuelanos que optaram pelo crime, é o furto de celular. Ele consegue trocar por qualquer dinheiro muito rápido. Sabemos que qualquer R$ 50,00 para um venezuelano é muito dinheiro, pra mandar para a família que ficou no país de origem. Com 100 reais eles já mandam dinheiro de dois meses de comida para os que ficaram”, detalhou.

A facilidade de mandar dinheiro para a Venezuela tem colaborado para o aumento dos índices. Não há mais necessidade do venezuelano ir até Santa Elena fazer um depósito. Com aplicativos de banco, alguns venezuelanos com maior poder aquisitivo, até mesmo colombianos, fazem a transferência. Isso motiva ainda mais os criminosos a cometer esses assaltos, que ocorrem até mesmo em porta de escolas.

CAIMBÉ – Prola destacou ainda que a PM em parceira com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) e Polícia Civil, realizou uma grande operação no sábado, dia 24, à noite, no bairro Caimbé, local onde a prostituição de venezuelanas tem tomado conta das ruas. “Foram 35 viaturas. Cercamos o bairro Caimbé, fechamos estabelecimentos de prostituição. Uma coisa impressionante, muitas meninas jovens se prostituindo”, disse.