Cotidiano

Balança comercial registra alta de 177% em 2017 e déficit em janeiro

Principal mercado consumidor é a Venezuela, que compra gêneros alimentícios, como açúcar, arroz e óleo

Roraima apresentou em 2017 um dos melhores resultados da balança comercial nos últimos anos. É o que apontam dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. As exportações ultrapassaram, pela primeira vez, a marca de US$ 40 milhões, elevando assim o saldo da balança comercial para aproximadamente US$ 33 milhões.

“Pela primeira vez tivemos um saldo extraordinário superior a 2007, quando se alcançou US$ 15,7 milhões, e agora chegamos a US$ 40 milhões em exportações de produtos tendo como principal mercado consumidor a Venezuela, destacando-se a venda de gêneros alimentícios, a exemplo do açúcar, arroz e óleo, com crescimento de 177% no ano de 2017, tendo como principal corredor de exportações cidades sediadas na Venezuela”, comentou o coordenador-geral de Estudos Econômicos e Sociais da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento de Roraima (Seplan), Milton Nascimento.

O coordenador acrescentou que os principais itens da pauta de exportações ficaram distribuídos da seguinte maneira: a soja com US$ 21,5 milhões, destinada aos compradores localizados na Noruega e Holanda, em seguida vem o açúcar com US$ 7 milhões, e o arroz contabilizando US$ 5,5 milhões, ambos para a Venezuela que passa a figurar como o principal parceiro comercial do estado de Roraima, retomando as negociações de exportações com o comércio atacadista sediado no Estado. “Além destes números temos também um destaque para a madeira com US$ 2 milhões, a qual foi vendida para oito países, com um destaque especial para a Holanda e França”, pontuou.

Importações aumentaram 19% em relação a 2016

O coordenador-geral de Estudos Econômicos e Sociais da Seplan, Milton Nascimento, detalhou as importações que tiveram um aumento de 19% em relação ao mesmo período de 2016, registrando o valor aproximado de US$ 8,5 milhões em 2017. Os principais itens de importações no ano passado foram as centrais de ar-condicionado, oriundas da China, com um total de US$ 2,2 milhões investidos, em seguida os pneus vindos de cinco países diferentes contabilizando US$ 1,1 milhão, com destaque para as compras realizadas na China e na Índia, por fim a importação de produtos eletrônicos que somaram US$ 919 mil de seis países asiáticos, destacando-se o Vietnã e a China.

DÉFICIT – No mês de janeiro, conforme o artigo técnico 004/2018, divulgado pela Seplan esta semana, a balança comercial de Roraima apresentou um déficit de US$ 1.817, uma vez que as importações tiveram um registro de US$ 2.713, enquanto foram exportados somente US$ 914 nesse período.

O comparativo de resultados, tendo como base 2015 a 2017, apresenta um crescimento representativo nos produtos transacionados com o exterior, atingindo três vezes mais os valores registrados em 2017.

“É até razoável este resultado, pois ainda estamos preparando nossos produtos que serão ofertados para o mercado externo, e estas vendas começam a ser retomada nos próximos meses. Por outro lado, nossos produtos alimentícios continuam figurando como os principais itens de exportação para a Venezuela e o mercado para a Guiana começa a figurar com destaque também para produtos alimentícios, resíduos de ferro e água mineral, totalizando US$ 111 mil, e também combustível para aviação com um total de US$ 12 mil, além de outros produtos para Bangladesh, Taiwan e Hong Kong os quais totalizaram US$ 67 mil”, informou. (R.G)

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