Cotidiano

Aumento de furtos é atribuído a facções criminosas e à imigração

Delegado diz que prisões estão sendo feitas quase que diariamente por policiais civis e militares

Quem tem o costume de deixar objetos de valor nos veículos quando sai de casa deve começar a tomar um cuidado especial. Os números comprovam. Bem acima dos 15 casos de 2015, foram registrados cerca de 320 furtos em veículos na capital e no interior no ano de 2016. Em 2017, foram contabilizados 180 casos. Contudo, este número ainda pode sofrer alterações em razão da atualização dos dados que não foram coletados.

O delegado da Polícia Civil, Alexander Lopes, atribui o aumento expressivo ao crescimento da criminalidade, principalmente em razão das facções criminosas do Estado, e a vinda dos venezuelanos. No início deste mês, por exemplo, alguns vídeos de arrombamento em supermercados vazaram e a polícia identificou dois venezuelanos como autores dos crimes.

Por meio dos vídeos também foi possível constatar outros crimes, inclusive de arrombamento, envolvendo os venezuelanos, apesar de não serem os únicos a praticar o delito. Para o delegado, a vinda dos imigrantes também é vista como um agravante para o aumento desses crimes, levando em consideração os grupos que vêm ao Estado já com a intenção de cometer infrações.

Em relação à estatística do ano passado, Lopes avaliou que o número final deve ser equivalente aos 320 registros do ano de 2016, tendo em vista o aumento no número de prisões realizadas pelas Polícias Militar e Civil. Ele informou que, com a criação dos Grupos de Resposta Imediata (GRI), que atuam 24 horas por dia, as prisões têm ocorrido quase que diariamente.

Diante do cenário, a primeira orientação aos condutores é de não deixar nenhum objeto dentro do carro. “Eles não perdem tempo. Antes de qualquer coisa, eles sempre olham para ver se encontram algo e, geralmente, há bolsas e celulares”, disse. No caso do destino ser um estabelecimento comercial, a preferência é estacionar em um local que tenha vigilância, seja de guardas ou câmeras, e evitar locais de pouca movimentação ou com pessoas ociosas.

Como reforço da orientação, o delegado lembrou do episódio dos supermercados e de como, por conta do sistema de segurança, foi possível identificar os criminosos e recuperar os bens dos condutores. “É melhor estacionar em um local distante, mas que tenha movimentação, do que estacionar em um local mais parado. Infelizmente não há um local mais propício a acontecer, pode acontecer em qualquer lugar”, finalizou. (A.G.G)