Roraima obteve o melhor resultado desde 2011 em relação à geração de empregos formais em janeiro, segundo análise feita pela Coordenadoria Geral de Estudos Econômicos e Sociais (CGEES) da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), com base nos dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Somente no primeiro mês deste ano foram criados 258 novos postos de trabalho com carteira assinada no Estado. O resultado positivo em 2017 acaba com uma sequência de cinco anos consecutivos de queda no saldo de empregos para o mês de janeiro.
Comparando o mesmo período no ano passado, houve mais trabalhadores demitidos do que contratados, gerando um saldo negativo de -84 postos de trabalho.
Apesar do dado negativo, a Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) reforçou que Roraima foi o único estado brasileiro que manteve positivas as contratações de pessoas no mercado de trabalho em 2016 e foi o que mais criou novos postos de trabalho de toda a região Norte.
Para a Setrabes, o resultado positivo é um reflexo da atuação do Sistema Nacional de Emprego em Roraima (Sine-RR). “Dentre as ações realizadas, a atuação intensa junto às empresas para buscar e potencializar as vagas disponíveis, com a realização de visitas técnicas e orientações sobre recrutamento e seleção. Estas ações garantiram resultado positivo de 750 empresas reativadas entre 2015 e 2017, ou seja, empresas que passaram a encaminhar novas vagas diariamente ao Sine-RR em busca de pessoas para preenchê-las”, informou.
SETORES E FUNÇÕES – O setor de ‘Serviços’ foi um dos que tiveram os melhores resultados, informou a Setrabes, com a geração de 109 novos postos de trabalho, graças ao bom desempenho do subsetor de alojamento e alimentação, que sozinho gerou 71 novos postos.
As funções ocupacionais que mais geraram novos postos de trabalho foram de zelador, com 46 novos empregados; trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas com 38; e repositor de mercadorias com 27. As áreas que apresentaram as maiores quedas no saldo de empregos foram de vendedor de comércio varejista com -63 postos de trabalho; motorista de ônibus rodoviário com -14; e pedreiro com -13.
Outro fruto positivo para o Estado foi em relação ao aumento de contratações de pessoas com deficiência por intermédio do Sine-RR, informou a Setrabes. Entre 2015 a 2017, foram 161 contratações, enquanto no período dos anos de 2013 e 2014, somente 17 pessoas com deficiência foram inseridas no mercado de trabalho.
DADOS NACIONAIS – Segundo a 62ª edição do Boletim Mercado de Trabalho, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), moradores da região Norte, pessoas com nível intermediário de educação, ou seja, aqueles que não completaram o Ensino Médio e jovens até 24 anos foram os que mais perderam emprego no país em 2016.
O boletim considera que o contexto do mercado contribui para o aumento da taxa de desemprego, como a inflação elevada. Apesar isso, o Ipea acredita que os primeiros meses de 2017 “trazem um cenário mais alentador para a conjuntura macroeconômica, que tem encorajado os analistas a projetar para este ano o fim do quadro recessivo no nível de atividade e inflação em queda. Se confirmados esses prognósticos, é possível termos uma recuperação também no mercado de trabalho ainda em 2017”. (P.C)
