Cotidiano

Greve da enfermagem completa oito dias

A categoria promoverá uma carreata em direção a Assembleia Legislativa nesta terça-feira

A Greve Geral dos Profissionais da Enfermagem em Roraima completa oito dias nesta segunda-feira, 12. Sem acordo por parte do Governo do Estado, a categoria permanece de braços cruzados por tempo indeterminado.

Para chamar a atenção da sociedade e sensibilizar as autoridades do Legislativo a tomar uma atitude para aquilo que eles classificam com ‘injustiça’, o Comando de Greve anunciou que realizará uma carreata para esta terça-feira, 13.

O ponto de concentração do grupo será em frente ao Hospital Geral de Roraima, localizado no bairro Aeroporto, zona Norte. De lá, o grupo parte em caravana para a Praça do Centro Cívico, devendo se estabelecer ao lado do plenário da praça, em frente a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

“A nossa intenção é realmente fazer com que as autoridades do legislativo se sensibilizem em favor da nossa situação e que a população entenda que a luta da categoria não é por salários, mas sim por uma melhora na assistência de qualidade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Profissionais em Enfermagem do Estado de Roraima (Sindpref), Melquizedec Menezes.

Conforme o presidente, até o momento, o Governo do Estado não demonstrou interesse em negociar a situação junto à categoria, o que tem deixado os trabalhadores descontentes.

“Até o momento, o Governo não tomou a iniciativa de negociar com a categoria, e a situação nas unidades só piora. Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) enviou uma remessa de materiais para o HGR, como uma forma de maquiar a situação, no entanto, a quantidade é insuficiente, ou seja, o material está prestes a acabar hoje. Então, não adianta tratar essa situação com descaso”, relatou.

O sindicalista aproveitou ainda para enfatizar a importância do protesto, ressaltando os ganhos para a população. “Nossa luta é por melhorias na assistência de qualidade, pois a população é a que mais sofre com essa falta de atitude do Governo”, disse.

O OUTRO LADO

À FolhaWeb, Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) ressaltou que antes mesmo de qualquer indicativo de paralisação, a pasta já mantinha um diálogo aberto com os sindicatos e desde março, já realizou 12 reuniões de negociações com a classe.

“A secretaria possui um fórum permanente de negociação com os trabalhadores da Saúde, por meio da Mesa de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde, que reúne mensalmente gestores, prestadores de serviços e sindicatos da área da saúde”, informou a secretaria em nota.

Ainda segundo a Sesau, no mês de julho, foram realizadas duas reuniões e diante do indicativo de paralisação, a mesma se reuniu nos dias 18 e 19 de agosto, e novamente no dia 22 de agosto, com representantes da enfermagem a fim de trabalhar em uma proposta satisfatória para ambos os lados.

“A Sesau se mantém aberta ao diálogo, ao ressaltar que a greve deve ser a última instância de uma negociação, ou seja, devem ser esgotadas todas as possibilidades de acordo, evitando prejuízos à população”, pontuou.