Cotidiano

Vítimas sofrem com trauma e insegurança

Nesta reportagem especialista em segurança pública dá dicas de como se proteger da violência.   

Para quem já teve a casa invadida por bandidos ou  foi vítima de assalto a mão armada na rua, enfrenta uma transformação na rotina. Os traumas e a sensação de insegurança passam a fazer parte do dia a dia.

A moradora do bairro São Francisco, Gercicleyza da Silva de 25 anos, conta que não consegue nem mais ir ao supermercado sozinha, pois já foi assaltada três vezes, uma vez  saindo de casa  e as outras duas saindo do trabalho. 

Ela disse que os assaltantes sempre chegam do mesmo jeito, dois homens em uma moto e armados com revolveres.

Todas às vezes ela fez Boletim de Ocorrência, mas os celulares e demais objetos pessoais nunca foram encontrados.

“Em nenhuma das vezes eu reagi, apenas entreguei as coisas. Até hoje nada foi recuperado e não tenho a esperança de que seja, o importante é que estou vida”, disse a vítima.

Um caso recente ocorreu na casa do jornalista Michel Sales, ele teve a residência  invadida por um assaltante em plena luz do dia.

Do local levaram dois notebooks. Ele contou que o ladrão arrombou a janela e entrou na residência.   

“Nos sentimos vulneráveis, a violência bate a porte e toma tua vida, desamina, temos que começar do zero. É uma sensação de impunidade”, contou o jornalista que destacou que agora está tomando precauções como, deixando pessoas em casa na maior parte do dia e a instalação de grades nas janelas.

Saiba como se prevenir da violência

Como forma de alertar a população e apontar caminhos para que essa violência seja driblada, a reportagem da FolhaWeb, procurou um especialista em segurança pública.

O coronel da Polícia Militar de Roraima Lindolfo Bessa, orienta que são necessários alguns cuidados para tornar a rotina menos vulnerável a criminalidade.

Na rua

Para reforçar os cuidados quando saímos de casa, o especialista explica que no caso das mulheres, é preciso manter a bolsa sempre próxima ao corpo  em ônibus e lugares de maiores aglomerações.

Quando for fazer pagamento de alguma despesa como táxi,  ônibus ou restaurantes e lojas,  já ter o dinheiro em mãos e sempre verificar se a bolsa está devidamente fechada.  Em saques utilizando caixas eletrônicos, ele alerta que é importante procurar a própria agência bancária ou um caixa que tenha movimentação de pessoas. “Evitar caixas isolados e ao fazer a contagem do dinheiro, realizar de um a forma discreta”, recomenda.

Residência

O coronel detalha que para manter a segurança nas residências é fundamental contar com a  solidariedade dos vizinhos.

“Tenha contato com um vizinho de sua confiança ou parente, para que quando houver qualquer movimentação estranha eles possam ligar para o dono da casa, e para  190 da Polícia Militar e informar o que está ocorrendo  naquela residência”, alertou.

Ao chegar em casa

Para aquelas pessoas que passam o dia fora de casa e a residência fica a maior parte do dia fechada, o especialista deixa claro que ao chegar são necessários alguns cuidados.  

“Fazer uma observação detalhada e se suspeitar de alguma coisa chamar a polícia.  Quando entrar tranque o portão de imediato. Não fique no portão ou atendendo telefone em frente da casa, isso é perigoso”, orientou.  

Dentro do carro

Lindolfo Bessa finaliza com dicas para os motoristas. Afirma que é necessário ficar atento  no momento em que tiver dirigindo e for se aproximando de algum semáforo.  

“Prestar atenção no tempo dos sinais de trânsito e tentar controlar a velocidade para quando chegar próximo, o sinal já esteja verde, e com isso não ficar muito tempo parado no local”, completou.

Andar com vidros sempre fechados e evitar ficar falando ao celular dentro do veículo, pode ajudar também a ficar em alerta ao que acontece ao seu redor.

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