Política

Valor irrisório isenta Bolsonaro do caso, diz Gen. Heleno

O futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional ironizou o fato Coaf não se manifestar sobre movimentações atípicas por sete anos

Em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, o futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, minimizou a polêmica em torno das às movimentações financeiras “atípicas” de um ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro (PSL). O caso tem sido amplamente explorado pela mídia nacional nos últimos dias.

Na ocasião, o general da reserva isentou o presidente eleito de qualquer ligação com tais movimentações que foram constatadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). “O presidente está isento disso porque não teve participação. O que apareceu dele é irrisório, uma quantia pequena, e ele mesmo já explicou. Acredito que não vá atingi-lo”, comentou.

Uma reportagem do Jornal O Estado de São Paulo revelou que Fabrício de Queiroz movimentou cerca de R$ 1,2 milhão no período em que esteve contratado pelo gabinete de Flávio Bolsonaro, atualmente deputado estadual pelo Rio de Janeiro. A movimentação ocorreu pelo período de um ano e foi considerada atípica pelo Coaf.

O jornal revelou ainda que nesse período o servidor exerceu funções de assessor parlamentar e motorista, e que dentro dos depósitos realizados está um de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O próprio presidente já se manifestou informando que o repasse se deve a uma dívida do ex-assessor orçada em R$ 40 mil.

Sobre o caso em si, Heleno ironizou a situação, ressaltando que órgão não vem se manifestando sobre movimentações atípicas há pelo menos sete anos. “Fico muito feliz que o Coaf tenha se manifestado, porque ficou em silêncio durante sete anos. Tomara que ele seja mais ativo, que não deixe sair bilhões de dólares do país sem ninguém saber”, completou.

*INFORMAÇÕES: Jornal O Estado de São Paulo.

Atualização: 10h

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