Cotidiano

Terceirizados voltam a cobram salários atrasados

De acordo com alguns manifestantes, alguns trabalhadores estão há 6 meses sem dinheiro

YARA WALKER

Colaboradora da FolhaWeb

Funcionários das empresas Haiplan e Limponge e professores terceirizados que prestam serviços na rede estadual de ensino no município de Caracaraí, região Centro-Sul, realizam na manhã desta sexta-feira, 4, uma manifestação em frente ao Palácio Senador Hélio Campos. Eles  aguardam posicionamento do Governo em relação ao pagamento de salários atrasados.

Alguns manifestantes alegam atraso de quase 6 meses, como é o caso de Oziel Felipe, que relatou a FolhaWeb que a situação tem ficado cada vez mais precária.

“Nós somos pais de família e estamos precisando, estamos passando necessidade, temos que comer, temos contas a pagar, o fornecimento de energia de muitos foi cortado. O que nós queremos é que nossos representantes paguem nossos salários”, disse.

Oziel disse que o secretário chefe da Casa Civil, Disney Barreto, garantiu que só poderá dar uma resposta aos funcionários após um prazo de 90 dias. “Como vamos nos manter até lá? Já são seis meses de atrasos. Estamos passando necessidades. Eu nunca passei por uma situação dessas”, completou.

Professora terceirizada do Estado, Albanira Cordeiro, denunciou que a nova gestão está descumprindo acordo judicial firmados na greve geral da educação ocorrido no Governo anterior.

“Existe um acordo judicial de 2015,que diz que o governo deve pagar o salário no máximo até o primeiro dia útil do mês seguinte. Nós somos professores somos regidos pelo Fundeb então existem leis federais específicas, a educação é toda diferenciada, o repasse ocorre em datas diferentes. E não faz sentido nós ficarmos pagando juros nas nossas contas”, disse.

OUTRO LADO

Em resposta a reportagem, o secretário Estadual de Saúde (Sesau), Airton Wanderley, disse o pagamento das empresas terceirizadas já foi efetuado na última sexta feira, 31. A única exceção e a empresa União Comércio & Serviço .

“São 900 funcionários das empresas terceirizadas e o valor já foi repassado às empresas. E os funcionários que não receberam devem procurar os donos das empresas, porque o repasse foi feito”, explicou.

Sobre a situação, o Governo do Estado, por meio de nota, informou que a  Secretaria de Fazenda (Sefaz) está auditando, com prioridade, todos os contratos com empresas terceirizadas, colocando na ordem cronológica regulamentar de credores do Estado para pagamento.

A nota destaca ainda que o pagamento está atrelado à Receita do Estado (arrecadação própria), não havendo previsão de aporte financeiro do Governo Federal.

*Matéria Atualizada às 13h22.