Cotidiano

Servidores da Cerr deflagram greve e funcionários da Eletrobras paralisam

Servidores da Companhia Energética de Roraima deflagram greve  por tempo indeterminado, nesta quinta-feira, 30, devido ao atraso de quase dois meses do pagamento dos mais de 500 funcionários do órgão.A  mobilização coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Urbanas de Roraima (Stiurr), aconteceu em frente a Assembleia Legislativa de Roraima. Ao todo, cerca de 50 funcionários fizeram parte da mobilização.

A diretora jurídica do sindicato, Patricia Oliveira, explicou que os funcionários da companhia estão sofrendo com a ausência desses salários, e que os atrasos já são comuns. Tal situação já faz com que alguns dos servidores sequer possuam dinheiro para pagar gasolina para chegar ao trabalho.

“A diretoria da Cerr não sabe negociar junto aos seus funcionários. É importante destacar que o problema de atrasos de pagamento não é recente. No ano passado, todos os salários foram atrasados. Neste ano, apenas três meses contaram com pagamentos dentro do prazo. Como resultado, os funcionários sofrem, com muitas dividas”, contou Patrícia.

 PARALISAÇÃO ELETROBRAS

Hoje, mais de 200 funcionários da Eletrobras Distribuição Roraima, paralisaram as atividades. A movimentação também é organizada pela Stiurr, e diz respeito ao leilão da distribuidora de energia, que foi arrematada pela Oliveira Energia, empresa operadora de usinas termoelétricas.

Sobre isso, o presidente do sindicato, Gissélio Cunha, explicou que o termo ‘privatização’ sequer pode ser aplicado ao que está acontecendo com a Eletrobras, uma vez que o leilão não dá brecha para o incentivo a concorrência.

“O que está acontecendo sequer pode ser chamado de privatização, pois quando se privatiza algo, é preciso incentivar a concorrência para ver quem oferece o melhor serviço. Neste caso, é uma empresa que oferecerá todo o serviço, e que vai querer obter lucro. Para isso, ela vai aumentar o valor das contas de energia e com certeza irá retirar os serviços de localizações remotas, por darem mais prejuízo do que ganho para uma empresa privada”, explicou.

 

Colaboração do repórter Pedro Barbosa.