Cotidiano

Sem nenhum lance, leilão do Mafir é prorrogado

A partir desta quarta-feira, 5, o lance mínimo será metade do valor de avaliação inicial; segundo leilão será na próxima terça-feira

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

Nenhum lance foi dado durante o primeiro leilão do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir), realizado ontem, dia 4, no site Amazonas Leilões. O matadouro foi posto para leilão por conta do não pagamento de uma dívida de R$ 5 milhões da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) com a Eletrobras Distribuição Roraima.

O valor definido para o lance inicial foi calculado a partir de uma avaliação feita em agosto deste ano e correspondia a R$ 22.129.110,40. Havia 298 pessoas habilitadas para disputar o Mafir, 54 visitas no ambiente eletrônico em que ocorreu o leilão, mas não houve nenhum lance, portanto, nesta quarta-feira, 5, o período de ofertas reabre com o valor do lance mínimo reduzido a metade, R$ 11.064.555,20, e arremate ocorre em 11 de dezembro.

“Não teve nenhum lance. É muito raro haver arrematação no primeiro leilão porque o primeiro leilão tem como preço mínimo R$ 22 milhões e ninguém vai arrematar pelo preço da avaliação. Todo mundo espera o segundo leilão”, explicou o proprietário do Amazonas Leilões, Brian Galvão Frota.

O tempo real de disputa e lances dura 60 segundos. Ou seja, o início oficial do leilão ocorrerá às 10h da manhã do dia 11 e finalizará após um minuto, e a última e mais alta oferta fica com o Mafir.

A Codesaima tentar impedir o leilão através de dispositivos de lei, mas a Eletrobras informou, por nota, que até o momento não houve uma tentativa de acordo por parte da Codesaima e portanto a dívida continua sem previsão de pagamento.

Por meio de nota, a Codesaima informou que continuará apresentando recursos a fim de cancelar o processo até o dia 11, mesmo que o último recurso apresentado para impedir o leilão tenha sido indeferido pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR), Cristóvão Suter.

Ressaltou que o leilão já é um processo em andamento e por isso não há como negociar com a empresa que cobra a dívida no momento. Caso não se resolva, isto é, não apareça um comprador, o processo iniciará uma nova fase em que a Codesaima poderá tentar uma negociação diretamente com a Eletrobras. (F.A)