Cotidiano

Rodovias de RR são classificadas como boas e regulares em pesquisa

A pesquisa “Diagnósticos e Projeções para Infraestrutura em Logística de Transportes”, feita pela Fundação Dom Cabral, apresenta dados sobre as condições da malha rodoviária, ferroviária, hidroviária, portos, dutos e zonas de tráfego em todo o país. O levantamento aponta que, a partir de 2025, mais de 50% das estradas brasileiras vão estar em péssimas situações de conforto.

Os dados são do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Terrestres, da Empresa de Planejamento e Logística e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), além de informações de parceiros privados, tendo como cenário base o ano de 2015.

Na análise, também foram apresentados os cenários futuros para os anos de 2025 e 2035, levando em conta simulações dos fluxos de passageiros, de cargas e análise dos indicadores de saturação de malha.

Em Roraima, as análises foram feitas nas rodovias BR-174, BR-210 e BR-401. Conforme a análise, a BR-174 é majoritariamente classificada como ‘boa’ e uma pequena parcela como regular. Já as demais rodovias, 210 e 401, são praticamente consideradas com uma qualidade ruim e, em certos trechos, regular.

Para os próximos anos, a recomendação é que sejam criadas outras vias e melhoria nas estradas já existentes, de acordo com a Fundação Dom Cabral, em especial, no trecho que liga a BR-210 a BR-401, para que a média melhore.

CONCLUSÕES – Em linhas gerais, o diagnóstico considerou que o atual valor do estoque de infraestrutura de transporte requer programas robustos e sustentados de investimentos para manutenção e expansão, com o objetivo de recompor os meios de transporte do país.

“Os custos logísticos crescentes vem consumindo as margens das cadeias produtivas e, consequentemente, sua competitividade ou seu potencial de investimento. As projeções das demandas de transporte, associadas à carteira de projetos em curso, exigem investimentos continuados no longo prazo e protegidos de iniciativas conectadas apenas com agendas políticas imediatistas”, diz trecho da pesquisa.

A Fundação conclui que o país requer planejamento de longo prazo, com projetos estruturantes assumidos e protegidos pela sociedade e inseridos em uma agenda de Estado para a infraestrutura. A pesquisa sugere que os planos combinem a melhoria de eficiência rodoviária com a restruturação planejada da atual matriz de transporte. “É preciso criar um ambiente seguro e confiável para o investimento privado em parceria com o setor público”, complementa o levantamento.

MOTIVAÇÃO – De acordo com a Fundação, o objetivo da pesquisa é contribuir com os governos, entidades de classe e empresas na identificação de projetos estruturadores da rede multimodal de transportes, na perspectiva de planejamento de longo prazo, sem relações com partidos, legendas e grupos de interesse, “na direção de uma política de Estado para infraestrutura de transportes no Brasil”. (P.C.)