Cotidiano

Reunião com representante do MDH é marcada por bate boca

Servidores foram convocados, mas acabaram abandonando encontro após descobrirem que atraso salarial não seria debatido

O que era para ser uma reunião de entendimentos entre servidores do sistema socioeducativo, Governo do Estado e membro do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) terminou em discussões acaloradas e abandono de debates na manhã desta quarta-feira, 28.

Os trabalhadores do setor, que há quase três meses estão sem receber salários, foram convocados para comparecerem até o auditório da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), no bairro Mecejana, acreditando que representes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) estariam presentes. O resulta foi a saída precoce do local ao saberem que suas demandas mais urgentes não foram incluídas na pauta do encontro.

“Nós fomos convocados para essa reunião com representante do ministério. Ele nos recebeu com a melhor das intenções, só que nos relatou que o dinheiro encaminhado pela União será destinada apenas para garantir as melhorias estruturais, logística e fornecimento de alimentação nas unidades que trabalham para o sistema socioeducativos. Nós estamos de greve, caminhamos para o terceiro mês sem salários e não temos mais condições de trabalhar com fome”, comentou a agente Dorinha Pereira.

Mesmo com a presença da imprensa, não houve permissão para que os veículos pudessem acompanhar a reunião. Além de disparidades nos dados apresentados pela Setrabes sobre a atual situação do sistema socioeducativo, os servidores afirmaram a reportagem que estão sofrendo perseguições por parte da pasta.

“A Setrabes apresentou o CSE e o CPC, onde alguns dos adolescentes estão internados, e ele nem sabia da existência da nossa unidade de semi-liberdade. Mesmo em greve, nós estamos cumprindo os 30% que preconiza a lei, os internos estão cumprindo pena em casa, o prazo estipulado pelo juiz já foi inclusive ultrapassado, não tem mais lei no Estado, a titular da Setrabes não compareceu a reunião, mandou a adjunta que está intimidando o servidor, proibindo a imprensa de ter acesso a reunião, mas nós vamos continuar persistindo até que o Governo pague os servidores”, completou.

A matéria completa você confere na Folha Impressa desta quinta-feira, 29.

*Matéria atualizada às 14h20, com retificações de informações.