Saúde e Bem-estar

Quebra-cabeça é diversão e desenvolvimento para o cérebro

Estudos mostram que quebra-cabeças entre os dois e quatro anos de idade ajudam a estimular habilidades espaciais e matemáticas

Além de ajudar na concentração, o quebra-cabeça pode ser um brinquedo que estimula o desenvolvimento infantil. Para a pediatra Ana Carolina Brito, montar as peças, além de diversão para as crianças, ajuda a desenvolver o cérebro.

Estudos mostram que resolver quebra cabeças entre os dois e quatro anos de idade ajuda, de fato, a desenvolver habilidades espaciais e matemáticas, que serão de grande utilidade na vida adulta. Além de divertido, com o objetivo é possível brincar sozinho, mas também em conjunto, praticando as habilidades de cooperação e comunicação.

“Os brinquedos educativos são excelentes para as crianças,  pois estimulam a criatividade,  curiosidade e desafiam as crianças a aprender situações novas através de desafios onde elas próprias participam ativamente das soluções” explica.

Podem ser usados com crianças bem pequenas e adaptados de acordo com cada faixa etária. “Ao longo do primeiro ano de vida, os encaixes de formas geométricas com cores vibrantes estimulam a capacidade infantil de reconhecer as formas similares e resolver os desafios” ressalta a médica.

É importante estar atento à  segurança,  levando em conta o material com que é construído cada brinquedos além da capacidade de soltar pedaços pequenos, intoxicar ou machucar. “Peças grandes com material macio e flexível são mais indicados” diz Ana Carolina.

Segundo a pediatra Ana Carolina Brito, peças devem estar de acordo com a idade da criança (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

A participação dos pais na utilização dos brinquedos educativos é essencial para despertar o interesse das crianças e para o entendimento de como o brinquedo funciona. A médica ainda diz que o brinquedo pode tirar a atenção da criança que insistem por brinquedos eletrônicos.

“A interação com outras crianças também é favorecida pelos brinquedos educativos que precisam exercer a capacidade de dividir, esperar sua vez de brincar e compartilhar opiniões. A complexidade do desafio aumenta com a idade e a capacidade de resolver o desafio proposto, portanto existe sim indicação para cada brinquedo de acordo com a idade de cada criança” diz.

ARTIGO

E tem receita?

Por Roberta D’albuquerque

Sofia gosta de tomar decisões. Não tem medo, mas não tem pressa. Fomos 3 vezes à loja de brinquedos esse ano para escolher o presente de dia das crianças. Trinta, quarenta minutos entre jogos, bonecas e carrinhos para dizer: não vou levar nada hoje. Semana passada chegou com a notícia da eleição. “Quero um cubo mágico.”

Parecia ótimo, e foi prontamente aprovada. Até a hora que descobri que o danado custava R$89. Nem morta. Prometi o cubo mágico, mas não aquele. Não volta do shopping, achamos um por R$15 na banquinha de revistas. E foi ele mesmo.

O brinquedo já foi com Sofi até para o banho. Já foi feito e desfeito, já quebrou, já está novo de novo. Mas o que me impressionou foi o desejo da menina não de resolver o cubo, mas aprender como fazê-lo.

Passou de vídeo em vídeo no youtube até entender que não há receita e sim, um conjunto de estratégias a serem usadas a depender do problema que se apresenta. Até entender que algumas coisas tomam mesmo tempo. Até entender que sensibilidade e intuição são (sempre) bem vindas. Uma metáfora que cabe tão bem para tantas coisas. Uma verdade que nos põe a pensar, que nos põe responsáveis por nossas próprias decisões.

E Sofia gosta de tomar decisões. Não tem medo, mas não tem pressa. Que presente acertado esse. E não estou falando do cubo.