Cotidiano

Percentual de casos de sarampo confirmados cai em Roraima

Estado tem 332 casos confirmados atualmente; No mês passado, foram 310 ocorrências, ou seja, um crescimento de cerca de 7%

O surto de sarampo em Roraima apresentou sinais gradativos de redução, segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Até o momento foram confirmados 332 casos no Estado, porém, o percentual subiu somente 7% em comparação com o mês passado, quando foram contabilizadas 310 confirmações da doença.

Segundo levantamento da Folha, levando em considerações as informações divulgadas desde julho pela Sesau e pelo Ministério da Saúde, o crescimento de casos confirmados não ultrapassa o índice de 10% desde julho e se distancia da realidade vivida no início deste ano.

No primeiro mês em que foi confirmado o retorno da doença para o território estadual, em fevereiro de 2018, o índice subiu 500% em uma semana, considerando que passou de um para seis casos confirmados. Já de fevereiro para março o percentual cresceu 366%, saindo de seis para 28 confirmações.

De março para abril, o índice de crescimento continuou alto com uma média de 110% de um mês para o outro. Na época, os casos confirmados saíram de 28 para 59. Já de abril para maio houve um crescimento de 40%, passando de 59 para 83 confirmações.

Em junho, o percentual voltou a subir saindo de 40% para 107%, considerando que os casos confirmados saíram de 83 para 172 em julho. No sétimo mês foram acrescentados mais 100 casos confirmados e um percentual a mais de 58%. De 272 em julho passou para 300 em agosto, representando uma subida de 10%. Já de agosto para setembro cresceu mais 10 casos confirmados, um percentual de 3,3%. De setembro para outubro, Roraima passou de 310 para 332 casos confirmados resultando em um diferencial de 7%.

SESAU – Para a Secretaria Estadual de Saúde, a justificativa para que o aumento no número de casos de sarampo em Roraima venha desacelerando resulta do fortalecimento das campanhas de vacinação realizadas em todos os municípios. “Roraima ultrapassou a meta de vacinação contra o sarampo, marcando 99,87% de cobertura vacinal, sendo que a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%”, ressaltou a Sesau.

O órgão diz ainda que, apesar do resultado e da campanha já ter sido encerrada, as doses de vacina continuam disponíveis para a população nos postos de saúde de todo o Estado. “Portanto, as pessoas que não tomaram a vacina durante a campanha ainda podem ser imunizadas contra a doença, basta procurar a Unidade Básica da Saúde mais próxima de casa. Em caso de dúvidas sobre o cartão de vacina, a recomendação também é procurar um Posto de Saúde”, completou a unidade.

RR ainda tem o 2º maior índice de óbitos de sarampo do país

O Ministério da Saúde divulgou dados atualizados sobre o sarampo no país e informou que foram confirmadas 12 mortes causadas pela doença no Brasil em 2018. Do total, quatro delas ocorreram em Roraima.

Segundo o órgão federal, das quatro mortes no Estado, três foram de estrangeiros de origem venezuelana e uma morte de brasileiro. Roraima fica atrás apenas do Amazonas, com seis mortes registradas.

As vítimas do Amazonas eram todas de origem brasileira, sendo três de Manaus, duas do Município de Autazes e uma do Município de Manacapuru. As outras duas mortes ocorreram no Pará, com as vítimas sendo também de origem venezuelana.

O Ministério da Saúde contabilizou ainda 2.425 casos confirmados no Brasil, sendo 2 mil no Amazonas e 332 em Roraima. Os dois estados registram ainda um total de 7.674 casos em investigação.

Em nota, o ministério informou que, de janeiro a outubro, encaminhou o quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – para os estados de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal.

O objetivo, segundo o ministério, era atender à demanda dos serviços de rotina e “a realização de ações de bloqueio com intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos da doença”. (P.C)