Cotidiano

Pais começam a pesquisar preços

Apesar de tímida, a procura pelos itens que compõem a lista já começou nas papelarias

O ano mal começou, mas muitos pais já iniciaram as buscas por um item responsável por uma boa fatia do orçamento de janeiro: a compra de material escolar. Apesar de ainda tímida, a procura pelos itens que compõem a lista já começou e as livrarias registram um aumento na movimentação de consumidores em busca de orçamentos e pesquisa de preços.
A maioria dos pais, no entanto, ainda está em fase de pesquisa e comparando preços para só então decidir onde a compra ficará mais em conta. A busca pelos valores de livros ainda é a maioria.
A secretária executiva, Antônia Lima, resolveu antecipar a compra do material escolar do filho de 11 anos para evitar o tumulto que costuma ocorrer nas livrarias nos meses de janeiro e fevereiro. “Prefiro vir logo porque detesto aquela multidão de gente comprando, a gente nem consegue escolher nada direito. Vindo com antecedência eu posso procurar melhor os itens, tudo com mais calma”, explicou.
Sobre os valores, ela conta que já verificou que alguns itens estão mais caros do que no ano passado, outros permanecem com o mesmo valor. Em média, ela contou que gastará somente com os livros mais de R$ 800 reais e o restante do material que inclui cadernos, mochila, lápis grafite, lápis de cor, fardamento e outros, deverá custar cerca de R$ 200 reais. “Todo ano aumenta o valor das coisas e as escolas sempre acrescentam um item ou outro na lista que se a gente não ficar de olho, sai no prejuízo”, lamentou.
A assistente administrativo Carla Tomé tem dois filhos em idade escolar, de 13 e 15 anos, e se utiliza de algumas das principais dicas dadas por economistas para economizar um pouco mais nesse período: fará a compra antecipada com parte do 13° salário. Ela conta que se programou para comprar os produtos até o dia 20 deste mês. “Eu costumo comprar antes do fim do ano porque normalmente as coisas sofrem reajustes. Mas neste ano, como teve atraso nos salários, tive que protelar, mas de janeiro não passa”, garantiu.
REAJUSTE – A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) calcula que o material escolar deve sofrer reajustes em torno de 8% a partir deste mês. Para o diretor de relações institucionais da associação, Ricardo Carrijo, a mudança nos preços se deve basicamente a três fatores: elevação dos custos das matérias primas dos materiais escolares ao longo de 2014; reajustes salariais superiores aos índices de inflação em diversas categorias profissionais ligadas ao setor; e elevação do valor do dólar, fato que influencia o preço de diversas matérias primas.
DICAS – Para economizar na hora de fazer as compras, os economistas sugerem algumas dicas:
– Reaproveite os materiais do ano anterior. Faça uma busca em sua casa. Você pode encontrar itens praticamente novos;
– Converse com outros pais e veja a possibilidade de uma compra coletiva. Muitas lojas dão um bom desconto para esse tipo de ação;
– Uma boa pesquisa de preços é importante para garantir alguma economia no orçamento. Visite lojas, anote os valores e depois compare;
– Desconfie do preço muito baixo de um único produto. Em alguns casos, apenas ele possui um preço mais acessível. Os demais itens da lista podem ser mais baratos em outras lojas. Na soma total, essa promoção pode não fazer diferença;
– Escolha materiais escolares que atendam as Normas da ABNT e que tenham o selo do Inmetro para garantir a segurança no uso diário dos estudantes;
Leia a lista de material escolar com atenção. A escola não pode exigir a compra de produtos de uso coletivo, como giz, detergente, lousa, entre outros;
– Algumas escolas cobram uma taxa para o material escolar. Veja o valor, pesquise e decida qual é a melhor forma para a compra: adquirir os produtos por conta própria ou deixar a instituição de ensino efetuar a compra e a entrega dos artigos escolares.