Polícia

Mulher chefe de facção comandava de RR mortes em Alagoas

Sara, como é conhecida, é considerada "muito má"

Com a prisão da líder de uma facção de Sergipe, identificada apenas como Sara, e mais um integrante do grupo, subiu para 83 o número de presos na Operação Flash Back, desencadeada na quarta-feira (27), em Alagoas e em mais oito estados. Sara é considerada, segundo as investigações, como a “geral” de Sergipe, o que significa que ela gerenciava as movimentações da organização criminosa no estado nordestino.

Entretanto, era do estado de Roraima que Sara coordenava as ações da facção em solo nordestino. Ela era a centralizadora do crime, dizem os investigadores. Um deles, que não será identificado, afirma que a mulher dava as ordens para matar nas sessões do tribunal do crime em Sergipe.  Ela é considerada “muito violenta e má”.

“Ela comandava tudo de Sergipe, diretamente de Roraima. A Sara era considerada a centralizadora, se houvesse chefes era a mais alta da hierarquia. O novo esposo dela está no semiaberto e uma das características dela é ser muito violenta. Sara era quem administrava a facção, seção feminina de Roraima, já algum tempo. Era quem articulava mortes e podemos afirmar que, como chefe, é muito má “, relata um dos investigadores da operação.

Em Roraima, esta organização criminosa atua em três situações: tráfico de drogas, tráfico de armas e de ouro. Há algumas anos, o companheiro dela – que não teve o nome revelado – foi preso numa grande operação no estado, onde membros da facção foram condenados.

Ele está saindo da cadeia sob progressão de pena e é integrante da filial da facção em Roraima. A conexão de Sara com a organização criminosa no estado é justamente pelo elo afetivo com o esse membro. Ao todo, foram presos 83 criminosos em nove estados. Desses, 49 foram detidos em Alagoas.

Briga entre facções gera mortes violentas

Durante a entrevista coletiva, o subcomandante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), major Henrique Jatobá afirmou que em 40% dos municípios alagoanos há a atuação da facção criminosa.

Uma série de reportagens especiais publicada pelo OP9 em maio deste ano revelou que em dois anos Alagoas registrou 14 mortes por decapitações, sendo considerado o estado da barbárie. Execuções sumárias de rivais ou inocentes, sequestros, tráfico de drogas e assaltos. Esses são alguns dos crimes bárbaros que caracterizam esta fcção criminosa, segundo a polícia.

*Com informações Redação OP9