Cotidiano

Moradores denunciam buraqueira e falta de atendimento médico 

De acordo com moradores da rua Águia, há mais de três anos, o asfalto foi quebrado para a implantação do esgoto e não foi reconstruído 

KATTY MORAIS

Colaboradora da Folha

Moradores da rua Águia, no bairro Jardim Primavera, reclamam da falta de infraestrutura da via. Segundo quem reside no local, há mais três anos foi iniciada uma obra que quebrou o asfalto, no entanto, nunca foi revitalizado. Além disso, há lixo e mato em várias ruas do bairro nos locais onde deveria haver calçadas. Outra reclamação é com relação ao atendimento médico, pois o posto de saúde estaria em condições precárias.

Madalena da Silva, de 62 anos, mora no bairro há mais de três décadas e a situação só piora. “A rua não era assim, vieram implantar o esgoto, retiraram o asfalto e deixaram os buracos. Encontraram de uma forma e deixaram de outra. Quando chove, temos que andar na beira da rua, onde tem menos lama e mesmo assim não tem como não se sujar. Os carros andam desviando dos buracos, mas às vezes o jeito é passar por cima, o que causa transtornos para os donos de veículos. Acontece que, devido às condições atuais da via, muita gente evita passar por aqui”, comentou a dona de casa.

A rua está tomada por buracos e a lama permanece pelo caminho mesmo em dias ensolarados. “Mesmo com o calor que está fazendo, a água não evapora devido à profundidade dos buracos. Na época das chuvas, quando algum veículo passava, a água subia para a área da minha casa. Para dizer a verdade, até dengue eu já peguei por causa da água parada”, relatou Madalena.

Conforme a moradora, infraestrutura não é a única necessidade do bairro, pois com relação à saúde, o município tem deixado a desejar. “Tem um posto, mas não tem médicos e muito menos medicamentos. Peguei dengue por causa do descaso com o bairro. Fui ao posto de saúde e nada pode ser feito. O jeito foi ir para o hospital”, disse.

Segundo a dona de casa, Marlene Cadete Gonçalves, residente da rua das Muzendras, o asfalto existia na via, no entanto há mais de três anos retiraram para implantar o esgoto e não retornaram para recuperá-lo. “Colocaram umas encanações, desfizeram todo o asfalto e, pelo que vejo, o projeto que fizeram não funciona, pois a água não está escoando pelos bueiros que implantaram. Quer dizer, destruíram uma coisa para fazer outra que não tem êxito. Quando chove, a água se espalha para as ruas próximas como a que eu moro”, disse.

Com relação ao posto de saúde, Marlene Cadete afirmou que não há médicos disponíveis quando a população necessita. “Está faltando muita coisa, a gente agenda para um dia, quando chega lá, o médico não está, e geralmente não tem medicamentos. Quando precisamos, temos que ir até o Hospital Geral ou até o Hospital da Criança, e quando chegamos lá, os funcionários ainda falam que devemos primeiro ir no posto de saúde, mas infelizmente não tem como”, lamentou.

GOVERNO – Em nota, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr) informou que uma equipe de técnicos foi enviada ao endereço indicado para verificar a situação in loco e realizar os procedimentos necessários para solucionar o problema.

A Companhia informou ainda que possui um canal de comunicação direto com o consumidor, por meio do número 0800.280.9520, das 7h às 18h, de segunda a sexta-feira, sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h e pelo aplicativo Caerr Mobile (disponível para Android e IOS) ou por meio do portal.

PREFEITURA – A equipe de reportagem da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, no entanto, não obteve resposta até o fechamento dessa matéria. (K.M)

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