Cotidiano

Matadouro público reabre as portas após dois meses fechado

Depois de cumprir as exigências do Mapa e da Aderr, o matadouro passará a abater de 100 a 150 animais por dia

Com as atividades paradas desde setembro deste ano, o Matadouro Frigorífico e Industrial de Roraima (Mafir), localizado na BR-174 sentido sul, na área rural de Boa Vista, voltou a funcionar, ontem, 21, obedecendo às recomendações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O matadouro foi fechado devido a problemas de infraestrutura na unidade e ao não cumprimento de exigências contendo 54 itens para sua readequação, exigidos pelo Mapa. 

No primeiro dia de funcionamento, o matadouro fez o abate supervisionado de 60 cabeças de gado. Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), Ronaldo Nobre, durante os primeiros trinta dias, o Mafir trabalhará com abate diário de 100 cabeças e, depois desse período, o número subirá para 150.

A partir de agora, com a migração do Selo de Inspeção Federal (SIF) para o Estadual (SIE), a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) será responsável pela fiscalização no matadouro de Boa Vista. Segundo Nobre, o novo Selo de Inspeção Estadual não vai acarretar prejuízos para o Estado, que não exportava o produto há mais de dez anos.

Conforme o presidente, durante os dois meses em que o matadouro esteve interditado, as melhorias foram feitas na parte sanitária, salas de abate, câmaras frias, recuperação das caldeiras, motores rebobinados e o gás de amônia do serviço de refrigeração foi suprido. “Todas as normas e os padrões exigidos foram adequados. Também fizemos treinamento de funcionário, entre outras melhorias”, disse.

Nobre explicou que anteriormente o Mafir trabalhava com o abate de 50 a 80 cabeças de gado por dia, o que, segundo ele, era um número baixo para um matadouro, que tem capacidade para 350 bovinos. Agora, segundo ele, serão feitas campanhas para atrair os criadores a fim de garantir uma quantidade maior de abate diário.

Questionado sobre o quadro de servidores, o presidente da Companhia de Desenvolvimento afirmou que o quantitativo de trabalhadores ficou em torno de 150 e que deverá se manter até o enquadramento dos novos funcionários, que serão efetivados com a chamada do último concurso público. (E.M)