Cotidiano

Mafir volta a funcionar na terça, diz presidente da Codesaima

Matadouro público está fechado desde o dia 18 de setembro, após recomendações feitas pelo Ministério da Agricultura

Prestes a completar dois meses sem funcionar, após as recomendações feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Matadouro Frigorífico e Industrial de Roraima (Mafir) tem nova data de reabertura. Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), Ronaldo Nobre, o Mafir reabre na terça-feira, 21, com o abate supervisionado de 60 cabeças de gado. 

No início do mês de outubro, Nobre informou à Folha que o Mafir estaria apto a funcionar no dia 9 daquele mês, contudo, com a migração do Selo de Inspeção Federal (SIF) para o Estadual (SIE), foi realizada uma nova vistoria pela Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), que se tornou responsável pela fiscalização.

O presidente explicou que, após a fiscalização da Aderr, o número de itens exigidos aumentou de 54 para 174. Ele destacou que o órgão estadual foi mais rigoroso do que o Mapa em relação à liberação. Contudo, concordou que as adequações eram necessárias, principalmente nas salas de abate e controle e na questão estrutural dos banheiros e do crematório, por exemplo.

Nobre relatou que, das 174 mudanças a serem feitas, restam apenas 15 itens administrativos, que não interferem no abate dos animais, para todos serem cumpridos. Ele contou que toda a sala de abate do Mafir foi reformada, bem como os trilhos, carretilhas e serras. Na terça-feira, 21, o abate será supervisionado pela Aderr, conforme estabelece o protocolo e, depois disso, o funcionamento ocorrerá normalmente.

Nobre destacou que o Mafir estava abatendo, em média, 85 bois por dia antes da interdição, apesar da capacidade ser de 350 animais. O presidente atribuiu a queda ao momento difícil que o local passou. Com a reabertura, a estimativa é que sejam realizados 150 abates por dia. Para tanto, ele informou que a Codesaima está conversando e recebendo a visita de produtores locais no matadouro.

SELO – Nobre destacou que, a mudança dos selos não vai afetar o Mafir economicamente. A exigência do SIF era para que o local não deixasse de exportar por mais de um ano. Contudo, ele frisou que há mais de 10 anos ninguém exportava o alimento. “Vamos continuar abatendo para o mercado local. Se vier uma demanda e o governo analisar que há necessidade, voltamos para o SIF”, pontuou.

EFETIVO – O presidente esclareceu que, após o Mafir voltar a funcionar, será realizado um estudo de efetivo. A priori, vão permanecer os 200 servidores atuais. (A.G.G)