Polícia

Idoso morre depois de se trancar em carro e não conseguir sair

Durante as buscas pelo idoso, a família passou diversas vezes próximo ao carro onde ele estava, mas vidro fumê impediu que ele fosse visto

Uma tragédia, cuja vítima foi José Coelho Ferreira, 71 anos, aconteceu ontem, dia 12, quando seu corpo foi encontrado dentro de um veículo, numa oficina mecânica, na avenida Ritler de Lucena, a cerca de 600 metros da casa onde morava com a família. Ele desapareceu por volta das 9h30 e o cadáver foi achado em horário próximo às 15h30.

De acordo com o sobrinho da vítima, o idoso era deficiente mental.

“Era tipo uma criança, tinha retardo mental. Ele não era agressivo, mas também não era esperto a ponto de se virar sozinho. Era muito calmo, sorria bastante. Era uma criança crescida. Se trancou dentro do carro e morreu devido ao calor porque não conseguiu sair”, explicou.

O familiar também contou que o homem estava nu porque tomou banho e, enquanto um dos parentes foi buscar uma bermuda, ele desapareceu.

“Ele sempre saía de casa, mas por perto. Como todo mundo conhece, avisava e nós íamos buscá-lo. Quando ele aparecia nessa mesma oficina que fazia o conserto do carro onde o corpo foi encontrado, o dono pedia para ele sentar e chamava a gente”, reforçou.

A família fez uma nota e divulgou nas redes sociais, ainda na manhã de ontem, pedindo que, caso ele fosse visto em algum lugar, que a população entrasse em contato, para informar a localização. “Nós fizemos as buscas por todos os lados e passamos diversas vezes pelo carro, mas como o vidro do veículo era 100% fumê, não deu para ver meu tio do lado de dentro. Nem imaginávamos que ele estaria lá”, complementou o sobrinho.

Quem encontrou a vítima foi o dono do veículo. “Eu falei com o dono do carro. O veículo estava numa oficina e quando o proprietário foi buscar, que abriu a porta, encontrou o meu tio já morto. Quem foi avisar para a gente foi o dono da oficina que já conhece a família”, revelou.

A área foi isolada por uma guarnição da Polícia Militar, para que o local não fosse violado até a chegada da Perícia. Somente após os trabalhos técnicos do perito criminal, o rabecão do IML (Instituto de Medicina Legal) fez a remoção do corpo para passar por exame cadavérico. (J.B)