Cotidiano

Hospital da Criança está superlotado

São recorrentes as reclamações de superlotação, demora no atendimento e falta de material para proteção de pacientes no Hospital da Criança Santo Antônio. Conforme denúncias feitas à Folha, a situação piorou há cerca de dois meses.

A unidade de saúde está passando por reformas e, por isso, está acomodando muitas crianças em pequenas salas com diferentes doenças virais sem máscaras de proteção, que não estão sendo distribuídas. Além disso, os atendimentos às crianças estariam demorando mais do que o normal e o cadastro no local não é mais válido, por isso seria necessário fazê-lo novamente.

Uma mãe que esteve com a filha de 10 anos no hospital na semana passada contou que, após a criança se machucar na escola, precisou ser levada às pressas para o local e, quando chegou lá, não teve atendimento imediato. “Minha filha caiu e lesionou o braço. Chegamos lá eram aproximadamente quatro da tarde e minha filha chorava muito de dor. Saímos de lá quase sete da noite”, contou.

Ela ainda disse que durante o tempo que passou para ser atendida presenciou vários transtornos, por conta da escassa presença de profissionais para a quantidade de pacientes no local. O que mais chamou a atenção foram as fichas e o cadastro da criança, que teve de ser refeito, o que teria levado muito tempo. “Quando fui fazer o cadastro demorou muito tempo e, depois que conseguimos, ela foi posta como prioridade, porém quando ela entrou ainda tinham 15 crianças na frente dela. Tivemos que esperar no corredor ela ser chamada”, disse.

Uma funcionária do local disse que o procedimento para atendimento é o preenchimento da ficha da criança com a presença dos documentos e que atendimentos de riscos são prontamente atendidos no local.

OUTRO LADO – Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que o Hospital da Criança Santo Antônio passa por reformas e que o espaço está limitado para os atendimentos. Por conta do período sazonal, época de chuvas, o HCSA tem recebido uma demanda grande de crianças, especialmente as estrangeiras. Ainda que a direção tenha se planejado, o fluxo neste período é grande.

“É importante esclarecer que as crianças que precisam de isolamento são encaminhadas a uma sala apropriada. No entanto, não há problema algum as outras crianças compartilharem a sala de espera. Além disso, se for necessário, o Hospital dispõe de máscara e outros materiais de proteção tanto para os funcionários quanto para os pacientes”, frisou. (G.L)