Polícia

Homem vai à Delegacia para registrar B.O. e acaba preso por ser foragido

Para não ser preso José Carlos Guedes não acrescentava o sobrenome “Nepomuceno” aos documentos pessoais

Um caso atípico aconteceu na Central de Flagrantes do 5º DP nesse fim de semana, quando José Carlos Guedes Nepomuceno, 61 anos, foi preso em cumprimento de mandado de prisão. Ele foi à Delegacia com o intuito de registrar a perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas o policial que fez o atendimento desconfiou do homem depois que descobriu não ter registro de habilitação no sistema com os dados fornecidos por ele, que se apresentou apenas como José Carlos Guedes.

A princípio, o idoso disse que sua CNH foi emitida no Estado do Paraná, mas na busca à Plataforma de Gerenciamento de Trânsito (Getran) não havia qualquer documento com o nome do suspeito e nem com os números de seu Cadastro de Pessoa Física (CPF). Desconfiado, o agente fez uma pesquisa no sistema da Polícia Civil e descobriu que já tinha um Boletim de Ocorrência (B.O.) de 2016, registrado como perda de documento, se tratando também de uma habilitação.

A intenção do homem era usar o B.O. como respaldo para dirigir e para se livrar das eventuais blitz. Os policiais explicaram que o Boletim não substitui o documento original. Sem dizer nada ao homem, o agente insistiu numa nova busca, dessa vez no Banco Nacional de Mandados de Prisão e encontrou um Mandado com o nome do suspeito. 

Um fato inusitado é que o idoso tem uma Carteira de Identidade do Estado de Roraima sem o último sobrenome (Nepomuceno). O nome da mãe conferia com os dados do mandado, mas no nome do pai faltava o sobrenome. O policial perguntou por que faltava o sobrenome do pai e o indivíduo não soube explicar as razões, mas confirmou que o sobrenome “Nepomuceno” estava omitido.

Já sem dúvidas de quem seria o idoso, o agente deu voz de prisão e trancou o homem numa cela da Delegacia antes de ser submetido a exame de corpo de delito e conduzido ao Sistema Prisional. O Mandado de Prisão Preventiva foi expedido em 2015, pelo 1º Juízo Único do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. José Carlos vivia no quilômetro 5 da Estrada do Pium, zona rural de Boa Vista e declarou ser motorista de caminhão. (J.B)