Cotidiano

Falta de medicamento no Estado afeta tratamento de pacientes

Medicação somatropina é essencial para o crescimento de crianças que não produzem o hormônio de forma natural

KATTY MORAIS

Colaboradora da Folha

A falta do medicamento somatropina, há mais de dois meses, na Divisão de Abastecimento e Distribuição de Medicamentos (Dadmed), ligada à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), está prejudicando o tratamento de pacientes, como o filho da professora Janiere Soares da Silva, J.V.S.A., de 11 anos.

De acordo com Janiere, a falta da medicação pode comprometer o desenvolvimento físico do filho, que sofre com a Deficiência do Hormônio do Crescimento. O medicamento não é vendido em farmácias, tornando os usuários dependentes da distribuição do Estado.

“Em dois anos, essa é a terceira vez que há uma interrupção no tratamento do meu filho e, quando procuro saber o que está acontecendo, a única resposta que tenho é que a medicação acabou. Uma das últimas vezes que estive na Dadmed disseram que foi feita uma licitação para requerer a medicação e que estavam aguardando respostas”, disse.

Segundo a professora, o hormônio deve ser tomado todas as noites para que o paciente obtenha um resultado positivo no tratamento.

“Faz dois meses que meu filho não faz o uso da medicação. Com isso, o tratamento foi totalmente interrompido, podendo trazer consequências para o seu desenvolvimento físico. Infelizmente este é um medicamento que não tem disponibilidade em farmácias. Se tivesse, por mais caro que fosse, daria um jeito para comprar”, lamentou.

Conforme Janiere, fazer o tratamento de forma contínua é essencial para o desenvolvimento de quem sofre com a falta do hormônio do crescimento.

“Fazer o uso da medicação diariamente é assegurar o desenvolvimento do meu filho, pelo fato de ele ser de baixa estatura. Se o tratamento for interrompido não teremos o resultado desejado, que é exatamente o crescimento físico”, relatou Janiere, acrescentando que o filho não é o único que sofre com a falta do medicamento.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) confirmou a falta da medicação e informou que a compra do medicamento somatropina já foi finalizada e deve chegar no estado nos próximos dias. (K.M)