A fotógrafa Diane Sampaio é autora da exposição ‘Depois da Fronteira’ que reúne imagens que retratam a chegada dos imigrantes a Roraima. São dez fotografias em tamanho 10×15 expostas em um varal fotográfico nesse sábado (01) na Praça do Mirandinha. A exposição ocorre durante a programação do Igarapé Musical.
Fotografias foram tiradas nas ruas e abrigos de Boa Vista e Pacaraima com a proposta de mostrar o cotidiano daqueles que decidem atravessar a fronteira. A maioria delas foram feitas durante registros fotográficos para o Jornal Folha de Boa Vista, em que Diane Sampaio trabalha há quatro anos.
“Eu tento mostrar a realidade de um lado mais humano o possível.momento é muito delicado estamos falando de pessoas em situação de fome e miséria. Todos os momentos são bem marcantes. Quando eu cheguei em Pacaraima vi a cidade em ruínas, fogo e cinzas. Um resto de pessoas nas frentes das casas, pessoas propagando o ódio. Vi pessoas cansadas. Acho que isso foi o mais difícil. Nem parecia que eram humanos” contou.
INSEGURANÇA
Patrimônio histórico: Igreja Matriz volta a ser alvo de furto
Em resposta, GCM já realiza rondas pelo local e PMRR intensificará policiamento
COMUNICADO
Prefeitura abre credenciamento para comerciantes no Boa Vista Junina
Interessados devem se inscrever dos dias 23 a 25 de abril em diversas modalidades.
Para a fotógrafa as imagens podem incomodar. “A minha ideia é exatamente essa. Incomodar e muito, quem está no poder. Eu vi as pessoas maquiando e dando atenção para políticos, o que não deveria ser o foco diante de toda essa situação, e em uma dessas fotos, tenteimostrar na foto essa realidade” contou.
Nascida em Boa Vista, Diane Sampaio sempre cativou uma paixão por fotografia. Aos vinte e cinco anos, iniciou na fotografia há seis anos, sendo quatro deles dedicados ao fotojornalismo.
Sua primeira exposição, recebeu o título “Olhar Para Fora” e mostrou a chegada dos primeiros venezuelanos ao Brasil. A nova exposição “Depois Da Fronteira”, mostra o cotidiano e a realidade dos imigrantes ao atravessarem fronteiras desconhecidas.
“Existem dois momentos na vida de uma pessoa. O primeiro quando ela nasce, e o outro é quando ela descobre porque ela nasceu. A fotografia tem esse sentido para mim, ela dá razão a minha existência, ela é meu ar” disse.
