Cotidiano

Evangélicos devem acolher 4 mil imigrantes venezuelanos até 2020

Meta foi estipulada no I Encontro Nacional de Pastores em apoio à Operação Acolhida

Quatro mil imigrantes venezuelanos devem ganhar uma chance de recomeçar a vida em solo brasileiro a partir de uma ação de acolhimento desenvolvida por lideranças de igrejas evangélicas em todo o país, no ano de 2020.

Essa é a meta estipulada no I Encontro Nacional de Pastores em apoio à Operação Acolhida, que aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro, em Boa Vista, reunindo representantes de diversas denominações, como Embaixada do Reio de Deus, Assembleia de Deus, Batista, entre outros.

O encontro foi idealizado pelos empresários Carlos Wizard e Michael Aboud, com objetivo de conscientizar as instituições religiosas a participarem do programa aos refugiados que chegam ao Brasil em busca de melhores condições de vida.

“Existe uma urgência de que a sociedade contribua para acolher os refugiados no Brasil, dando mais dignidade a eles. Os refugiados precisam ser levados para outras regiões do Brasil onde tenham condições de recomeçar”, afirmou Michael Aboud.

Ainda esse ano 700 pessoas serão recebidas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

Carlos Wizard destaca que existem, hoje, 80 mil Cadastros Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de instituições religiosas no País.

“Se apenas 10% das igrejas adotarem uma família é possível acolher todos os refugiados que se encontram em situação precária em Roraima”, esvaziar os abrigos de refugiados de Roraima é a meta do empresário.

Atualmente, são 13 os abrigos no Estado que atendem cerca de sete mil pessoas. “Há mais três mil imigrantes em ocupações irregulares de logradouros ou prédios públicos. Há centenas de pessoas nas ruas e no entorno da rodoviária de Boa Vista”, afirma Wizard.

Diariamente cerca de 500 venezuelanos ingressam no Brasil pelas fronteiras de Roraima. “O único caminho para evitar um colapso no estado, e dar um futuro para as pessoas, é a interiorização e a solução para esse fluxo imigratório está dividida entre todos os Estados do país. É preciso otimizar o trabalho que vem sendo feito pelo Governo Federal para que mais pessoas sejam atendidas”, afirma Wizard.