Cotidiano

Em Roraima, 27% da população vive com menos de um salário mínimo 

Apenas 7,1% das pessoas recebe de três a cinco salários mínimos no estado, conforme pesquisa do IBGE

Após o cruzamento de dados do Censo Demográfico de 2010 com informações do Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a quantidade de pessoas que vivem em áreas de risco no Brasil. Ao todo, 8,27 milhões de brasileiros, destes mais 340 mil se concentram na região Norte. 


Com o monitoramento da situação de 872 municípios, o que representa 2,47 milhões de domicílios, o estudo analisou ainda características consideradas relevantes associadas ao perfil sociodemográfico da população em áreas de risco. Os pesquisadores consideraram variáveis como as faixas etárias e as condições de acesso a serviços básicos, incluindo abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. 


Com essa metodologia, a pesquisa apontou que em Roraima, 27% da população de 496.936 habitantes vive com a renda de meio a um salário mínimo (de R$ 477 a R$ 974) e apenas 7,1% das pessoas recebe de três a cinco salários mínimos (R$ 2.872 a R$ 4.770).


Os índices mais negativos para toda região Norte foram além da renda, o acesso a serviços como rede de esgoto, em dos 110 municípios pesquisados 70,7% não têm esgotamento para rua ou fossa séptica e 14% não conta com coleta de lixo domiciliar. 


O Norte se destacou ainda pela maior concentração de crianças vivendo em áreas de risco. Essa população vulnerável ainda conta com outro agravante, 6% é formada por pessoas com idades acima de 60 anos e 13% por crianças com menos de cinco anos de idade.


Conforme informações da Coordenação da Pesquisa do IBGE, a intenção com esse cruzamentos de dados é gerar uma base de conhecimento que possa contribuir para a adoção de políticas públicas a fim de evitar tragédias decorrentes de desastres naturais.