Cotidiano

Economista recomenda cautela durante a Black Friday

Dorcílio Erik avaliou ainda que comerciantes precisam ser honestos com os valores que serão oferecidos aos consumidores nas promoções

Com a aproximação da Black Friday, muitos consumidores se planejam ao máximo para a maratona de descontos nos mais variados segmentos do comércio. No entanto, a data também costuma a pagar muitas pessoas de surpresas, que acabam caindo no famoso conto do “Comprar gato por lebre”.

Professor de economia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Dorcílio Erik avaliou que o momento deve ser de cautela por parte da população que vai sair as compras neste mês. A primeira recomendação é que o consumidor observe, inicialmente, se o que está sendo ofertado possui o valor de desconto que realmente vale.

“Uma situação muito comum da Black Friday é que os lojistas costumam a aumentar o preço dos produtos para parecer que o desconto que está sendo aplicado é significativo. Um determinado item custa R$ 500, por exemplo, na Black Friday vai ser colocado a venda por R$ 600, justamente para dar um desconto de R$ 100, ou seja, o mesmo preço que ele tinha antes. Então, as pessoas precisam ficar em alerta a esse tipo de manobra”, comentou.

Erik ressaltou que a comparação de preços é outra medida que ajuda aliviar o bolso dos consumidores mais econômicos.

“Hoje, aqui no comércio roraimense, principalmente aqui na capital, temos várias lojas do mesmo segmento ou que ofertam o mesmo produto. Então, não é difícil a gente comparar os preços, ver que o valor oferecido pela loja A é tão igual ou até mais vantajoso que a B. Às vezes, as pessoas que estão em áreas periféricas, por exemplo, tem dificuldade de vir para o Centro e acham que naquela região o preço é bem mais em conta, o que nem sempre é verdade”, completou.    

Por fim, o economista recomenda que os lojistas tenham mais honestidade naquilo que estará oferecendo aos consumidores.

“É importante que eles pratiquem uma promoção, que essa oferta vislumbrem uma vantagem aos consumidores que querem adquirir aquele produto. Se eles forem inteligentes e espertos a esse momento, isso acaba despertando nas pessoas um hábito, ou seja, fidelizando aquele consumidor e garantindo o lucro desejado por eles”, completou.