Saúde e Bem-estar

Doença pode atingir banhistas de água doce

A esquistossomose quando não tratada adequadamente pode evoluir para danos renais, infertilidade, lesões genitais e até morte

Barriga d’água, xistose, doença do caramujo, coceira de nadador…todos esses são nomes dados à Esquistossomose Mansoni. Uma doença crônica causada por vermes presentes em água doce. Quando não tratada adequadamente pode evoluir para danos renais, infertilidade, lesões genitais e até morte.  Jeann Marrie Marcelino, coordenadora do departamento de Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde explica quem são as pessoas mais vulneráveis à infecção.

“É uma doença muito relacionada à falta de saneamento e também hábitos de vida relacionados ao uso de água doce para lazer, para trabalho, pescadores, mulheres que lavam louça ou roupa na beira do rio”.

Em grande parte dos casos a infecção não é percebida (Foto: Arquivo/Folha BV)

Ao entrar em contato com a água doce infectada pelo verme Schistosoma mansoni – que se aloja em caramujos, corremos o risco de contrair a doença. O problema, é que em grande parte dos casos a infecção não é percebida. Na forma aguda – ou  seja, infecção imediata – é comum  febre, dor de cabeça, tosse, calafrios, suor intenso, falta de apetite e até mesmo diarreia. Já na forma crônica os sintomas são diferentes, como pontua a especialista.

“A gente pode relacionar como sintomas uma sensação de plenitude gástrica – ou seja de estar cheio, com o estômago cheio. Algum tipo de prurido anal, palpitações [cardíacas], emagrecimento – a pessoa emagrasse muito e fica com a barriga mais saliente. Pode haver até impotência [sexual] e diarreia também”.

Se você está frequentemente em contato com água doce ou se já sentiu algum dos sintomas citados, procure uma Unidade de Saúde. O tratamento da esquistossomose é gratuito e está disponível nas redes do Sistema Único de Saúde.

Transmissão é feita em contato com a água doce infectada pelo verme Schistosoma mansoni (Foto: Arquivo/Folha BV)

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