Cotidiano

Comércio precisa de mais atenção, diz presidente da Fecomércio

Na manhã de ontem, 22, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Roraima (Fecomércio-RR) realizou uma solenidade para empossar Ademir dos Santos como presidente da entidade. Ademir fica no cargo pelos próximos quatro anos junto com o empresário Jadir Correia, que foi empossado como vice-presidente.

Esta é a segunda gestão de Ademir que assumiu a Fecomércio em 2016, após a morte de Airton Dias, e foi reeleito com unanimidade em uma votação que ocorreu em abril deste ano. Durante o evento, o presidente afirmou que a meta principal para a nova gestão é melhorar a representatividade do comércio roraimense e procurar melhorias nos setores básicos.

A Fecomércio atualmente conta com 1.600 alunos em um sistema de escolaridade para aprendizado comercial e qualificativo para o mercado de trabalho, uma academia que atende cerca de três mil pessoas e um hotel em Tepequém, no Município do Amajari, a 210 quilômetros da capital.

Entre as melhorias previstas pelo presidente, está a desburocratização sobre os assuntos que envolvem o comércio local, sendo alto o valor da carga tributária, fiscalização e também as obrigações tributárias que o comerciante tem que atender e muitas vezes não consegue.

“Para atendermos esses comerciantes, tem que ter uma estrutura muito grande para fazer esse atendimento. Vamos trabalhar com esse viés para melhorar e mostrar que o auge da crise de 2015 e 2016 ficou para trás”, disse. “O comércio em geral precisa de uma atenção maior. A agricultura tá muito bem, a indústria tá incipiente, mas o comércio hoje significa 44% dos empregos gerados no Estado, de bens, serviços e turismo. A gente tem esse alinhamento para fazer e contar que melhore”, acrescentou.

Ademir ressaltou que Roraima tem uma particularidade quando se trata de assuntos que movem o setor comerciário. De acordo com o presidente da Fecomércio, o Estado é o último a ser atingido por uma crise, mas também o último a se recuperar depois que ela passa. “Enquanto o país estava em plena crise, a gente se mantém por conta daquela questão da economia do contracheque. A partir do momento que o país começa a sair da crise, nós estamos entrando na crise porque a nossa retomada é muito mais lenta, mas a gente tem quatro anos para trabalhar e tentar mostrar que tem solução e que o Estado é viável”, completou.

A entidade faz parte do Fórum das Federações Representativas de Classes Empresariais de Roraima, onde atua juntamente com a Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima (FAER) e Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Roraima (Facir). O gestor afirmou que as parcerias vão continuar e trabalhar na defesa dos interesses do empresariado do comércio. “Nós temos que trazer a representatividade. Atuamos nos nossos interesses em bloco e as questões de interesse comum, a gente leva as demandas, é quando acho que a gente se fortalece”, finalizou. (A.P.L)