Cotidiano

Municípios de RR têm alto risco de proliferação pelo Aedes aegypti

Segundo a gerência do Núcleo de Febre Amarela e Dengue, a grande maioria dos criadouros do mosquito está dentro das residências

Dados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti) apontam que cinco dos 15 munícipios de Roraima apresentaram alto risco de proliferação do mosquito. A consolidação das informações de 2019 foi apresentada nesta sexta-feira, dia 22, pela gerência do NCFAD (Núcleo de Febre Amarela e Dengue).

De acordo com relatório do NCFAD, Boa Vista, Caracaraí, Iracema, Rorainópolis e São João da Baliza foram as cidades que apresentaram os maiores percentuais de infestação do Aedes. A maior pontuação desses cinco foi para Caracaraí, com índice de 9,6.

Já os municípios de Alto Alegre, Cantá, Caroebe, Mucajaí, Pacaraima e São Luiz apresentam médio risco para uma epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito. O índice entre esses municípios foi de 1,7 a 3,4. Amajari, Bonfim, Normandia e Uiramutã foram as cidades que apresentaram baixo risco de infestação do Aedes. O índice entre esses municípios variou entre 0,4 a 0,9.

O LIRAa apontou ainda que a grande maioria dos criadouros do mosquito está dentro de casa, em depósitos móveis que facilitam o acúmulo de água parada, como em vasos de plantas. O percentual este ano foi 482,7%. Logo em seguida, vem o lixo doméstico, com percentual de 393,6%. Os tanques de armazenamento de água e os poços também figuram entre os locais propícios como criadouros, com percentual de 299,1%.

Até o fim de agosto deste ano, o Estado já havia registrado 1.230 notificações de casos de dengue, sendo que 309 suspeitas deram positivo para a doença, após a realização de análise laboratorial. No ano passado, de janeiro a dezembro, foram confirmadas 106 suspeitas de 1.528 notificações. Já para a chikungunya, das 214 notificações registradas este ano, cinco deram positivo para a doença. No ano passado, foram 509 notificações e 39 confirmações após análise em laboratório.

Para a coordenadora do NCFAD, Rosângela Santos, a população precisa se empenhar mais, redobrando os cuidados com relação a qualquer ambiente que possa se tornar um potencial criadouro do mosquito.

“Muito embora tenhamos avançado em algumas situações, ainda assim precisamos fazer mais, principalmente no sentido de as pessoas estarem conosco nesse combate ao mosquito. A grande maioria dos criadouros detectado no LIRAa ainda está dentro dos nossos lares, por isso temos que ter uma atenção maior com relação à limpeza das nossas casas”, salientou.

Rosângela ressaltou ainda a ajuda que o Estado tem dado aos municípios, por meio da troca de conhecimento e execução de treinamentos para os agentes que atuam diretamente no monitoramento e controle do Aedes.

“Além dessa conscientização das pessoas, de manter a limpeza de suas casas e buscar o posto de saúde ao sinal da primeira suspeita, temos também as ações do Governo junto aos município, sempre no sentido de orientar e qualificar as equipes para que possam estar preparadas não só para atender ao paciente, bem como executar as atividades de controle do mosquito”, observou.