Cotidiano

Leo Houlding e equipe tentam escalada em livre no Monte Roraima

Apesar das adversidades na parede, a equipe se mantiveram firme em busca do cume

Blocos soltos, sujos e molhados. Tarântulas, escorpiões e cobras. Um big wall com direito a tudo isso e ainda tempestades nos finais de tarde. Assim esta sendo a tentativa dos escaladores Leo Houlding, Anna Taylor, Waldo Etherington, Wilson Cutbirth e dos cinegrafistas Matt Pycroft e Dan Howardlivrar para abrir e livrar uma nova via na proa do Monte Roraima.

Apesar das adversidades na parede a equipe se mantiveram firme em busca do cume em uma corrida contra o tempo. A rota escalada é nova e eles a estão chamando de The Anvil (A Bigorna).

A parede possui inclinação negativa, o que ajuda a proteger da chuva, mas também torna a subida mais pesada. Essa é uma escalada complexa. Até o momento, a equipe enfrentou o desafio de escalar com cautela e segurança para não mover os blocos com a necessidade de fazer movimentos dinâmicos para ultrapassar problemas de boulder.

Segundo Houlding publicou em seu instagram, a linha serpenteia pela parede entre grandes esquinas, lages e tetos. E para vencer o desafio eles precisam escalar a última, que segundo ele, aparenta ser a enfiada mais difícil. Ela é composta por três tetos com rocha cada vez mais podre e solta.

Eles precisam chegar ao cume até o dia 05/12 com todos os equipamentos para conseguir pegar carona em um helicóptero e sair da montanha. “Ainda não estamos em pânico, mas estamos cientes de quanto tempo resta para chegar ao cume”, relatou Houlding.

 Logística na selva

O desfio de escalar essa montanha começou muito antes de chegar a base da parede. O grupo começou a expedição no início de novembro transportando equipamentos. Eles lançaram quase uma tonelada de carga na floresta usando um avião, paraquedas e um sistema de rastreamento para recuperá-las.

Escalada no Monte Roraima


O Monte Roraima é um Tepuy que desperta a curiosidade de montanhista do mundo todo. Ele esta localizado no coração da floresta amazônica, entre o estado brasileiro de Roraima, a Venezuela e a Guiana. Seu formato de mesa com um cume de quase 30 km² guarda inúmeras surpresas e inspirou o livro O Mundo Perdido de Conan Doyle.

Fonte: Alta Montanha