Cotidiano

Brasileiros retidos na Venezuela retornam ao país

Mais de 150 brasileiros estavam impedidos de regressar ao país em razão do fechamento da fronteira terrestre de Santa Elena de Uairén.

Após negociação com autoridades do Brasil, o Governo da Venezuela autorizou o regresso de pouco mais de 150 brasileiros que estavam impedidos de regressar ao país em razão do fechamento da fronteira terrestre de Santa Elena de Uairén.

A informação foi confirmada ontem, 26, pelo coordenador operacional adjunto da Força-Tarefa Logística Humanitária em Roraima, coronel George Feres Kanaan.

De acordo com Kanaan, 14 pessoas que haviam ido ao país vizinho para procedimentos médicos atravessaram para o lado brasileiro no período da tarde, enquanto outras 108 chegaram ao Posto de Triagem de Pacaraima no período da noite.

“As negociações para viabilizar o regresso desses brasileiros que estavam retidos [na Venezuela] foram iniciadas junto às chancelarias venezuelanas pelos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa. Associado a isso, nós também tivemos conversas táticas com as autoridades que estão na fronteira, com o vice-cônsul do país e alguns oficiais venezuelanos. Tivemos sucesso em nosso pedido e hoje elas estão voltando para o Brasil”, disse.

Inicialmente, a coordenação operacional da Força-Tarefa havia informado o retorno de 156 pessoas, no entanto, 38 delas não tiveram permissão de voltar por se tratarem de caminhoneiros. A expectativa é que elas atravessem a fronteira nesta quarta-feira, 27.

“Como a aduana deles se encontram fechada, eles não permitiram a vinda desses caminhoneiros, porque existe todo um trâmite para realizar a liberação dos veículos, mas é esperado que eles retornassem já amanhã”, completou.

Além do regresso dos brasileiros, o país registrou a entrada de 140 venezuelanos no país por rotas alternativas. Entre essas pessoas estava Emily González, filha do prefeito do município de Gran Sabana, Emilio González.

“Saímos de Santa, por volta das 14h, caminhando pela montanha. Conseguimos chegar a uma comunidade indígena que fica do lado brasileiro, que nos ajudou e chamou o exercito brasileiro para nos resgatar”, relatou Emily.