Cotidiano

Aos 93 anos, morre primeiro delegado da Receita Federal

Devido a complicações causadas por conta de um Acidente Vascular Cerebral, o primeiro delegado da Receita Federal, Orlando Marinho morreu na tarde desse domingo, 9, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Geral de Roraima. Ele, que é pai do deputado Federal, Hiran Gonçalves, se encontrava há mais de uma semana naquela unidade.

Seu corpo foi velado na sede da Grande Loja Maçônica, na rua Coronel Pinto, 384, Centro.

Entre suas realizações está à implantação da Agência da Receita em Caracaraí e dos Postos de Fiscalização em Pacaraima e Bonfim. Foi Secretário de Administração no governo de Getúlio Cruz (1985), continuou na administração dos Governadores Roberto Pinheiro Klein (1987) e de Romero Jucá Filho (1988).

TRAJETÓRIA – Orlando Marinho nasceu na cidade de Atalaia do Norte (AL), no dia 21/11/1925. Estudou na Escola do Comércio, na capital Maceió, e concluiu o Curso Superior em Ciências Contábeis. Participou em 1949 de Concurso Público, sendo aprovado para Fiscal de Rendas (da Receita Federal). Em 1952 foi designado para a cidade amazonense de Tefé, onde passou a trabalhar na função de Coletor Federal de Impostos. E, em 1959, foi convidado para candidatar-se, sendo eleito Prefeito Municipal da cidade de Tefé.

Passada a fase política, retornou às suas atividades no Ministério da Fazenda, sendo designado como Inspetor da Receita Federal na cidade de Tabatinga, na fronteira do Brasil, Colômbia e Peru. E, em 1973, foi designado para chefiar a Agência da Receita Federal em Boa Vista, Roraima. O prédio, à época, ainda estava em construção e a Receita funcionava na Avenida Jaime Brasil, no térreo do prédio da Associação Comercial e Industrial de Roraima (Acir).

A mudança de local da Receita para o prédio próprio, entre a rua Agnello Bittencourt e a Avenida capitão Júlio Bezerra, no Centro Cívico, aconteceu em 1979, ano em que a Agência foi transformada em Delegacia da Receita Federal, e Orlando Marinho a chefiou até a sua aposentadoria por tempo de serviço.

Devido ao seu amplo conhecimento em administração pública, foi convidado para chefiar o Gabinete de vários governadores. Atualmente a sua dedicação era voltada à família e à Maçonaria. Orlando Marinho era casado com Tereza Norma Gonçalves da Silva, com quem teve um casal de filhos, Gisele da Silva Araújo e Hiran Manuel Gonçalves da Silva (médico-Oftalmologista e deputado federal).

MAÇONARIA – Ele tinha 93 anos de idade, dos quais 65 anos dedicados à Maçonaria. Era Membro Emérito do Supremo Conselho do Grau 33 – do Rito Escocês Antigo e Aceito – da República Federativa do Brasil, e foi o primeiro Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Roraima, 1981, e Venerável Mestre da Loja Liberdade e Progresso nº 1, e da Loja Sylvio Lofêgo Botelho nº 3. Foi também o primeiro Soberano Grande Inspetor Litúrgico e fundador das Lojas Maçônicas: “13 de Maio”, em Caracaraí, em 1975; “Sylvio Botelho”, em Boa Vista, em 1980; e “Liberdade e Progresso nº 1”, em Boa Vista, em 1981.