Cotidiano

Aos 93 anos, morre primeiro delegado da Receita Federal

O corpo de Orlando Marinho, será velado, a partir das 19h30, na sede da Grande Loja Maçônica, situada na rua Coronel Pinto, Centro

Devido a complicações causadas por conta de um Acidente Vascular Cerebral, o primeiro delegado da Receita Federal, Orlando Marinho morreu na tarde deste domingo, 09, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Geral de Roraima. Ele, que é pai do deputado Federal, Hiran Gonçalves se encontrava há mais de uma semana naquela unidade, por conta do problema de saúde. 

Seu corpo será velado, a partir das 19h30, na sede da Grande Loja Maçônica, situada na rua Coronel Pinto, nº.384 – bairro Centro.

Na condição de delegado, Orlando Marinho chegou ao Estado na década de 70, no qual exerceu o cargo por entre os anos de 1973 a 1984.

Entre suas realizações está à implantação da Agência da Receita em Caracaraí e dos Postos de Fiscalização em Pacaraima e Bonfim. Foi Secretário de Administração no governo de Getúlio Cruz (1985), continuou na administração dos Governadores Roberto Pinheiro Klein (1987) e de Romero Jucá Filho (1988).

TRAJETÓRIA – Orlando Marinho nasceu na cidade de Atalaia do Norte/Alagoas, no dia 21/11/1925. Estudou na Escola do Comércio, na capital Maceió, e concluiu o Curso Superior em Ciências Contábeis. Participou em 1949 de Concurso Público, sendo aprovado para Fiscal de Rendas (da Receita Federal). Em 1952 foi designado para a cidade amazonense de Tefé, onde passou a trabalhar na função de Coletor Federal de Impostos. E, em 1959, foi convidado para candidatar-se, sendo eleito Prefeito Municipal da cidade de Tefé.

Passada a fase política, retornou às suas atividades no Ministério da Fazenda, sendo designado como Inspetor da Receita Federal na cidade de Tabatinga, na fronteira do Brasil, Colômbia e Peru. E, em 1973, foi designado para chefiar a Agência da Receita Federal em Boa Vista, Roraima. O prédio, à época, ainda estava em construção e a Receita funcionava na Avenida Jaime Brasil, no térreo do prédio da Associação Comercial e Industrial de Roraima – (Acir).

A mudança de local da Receita para o prédio próprio (situado entre a Rua Agnello Bittencourt e a Avenida capitão Júlio Bezerra, no Centro Cívico), aconteceu em 1979, ano em que a Agência foi transformada em Delegacia da Receita Federal, e Orlando Marinho a chefiou até a sua aposentadoria por tempo de serviço.

Devido ao seu amplo conhecimento em administração pública, foi convidado para chefiar o Gabinete de vários governadores. Atualmente à sua dedicação é voltada à família e à Maçonaria.Orlando Marinho é casado com a senhora Tereza Norma Gonçalves da Silva, e tem um casal de filhos: Gisele da Silva Araújo e Hiran Manuel Gonçalves da Silva (médico-Oftalmologista e deputado federal).

MAÇONARIA: – Orlando Marinho é Membro Emérito do Supremo Conselho do Grau 33 – do Rito Escocês Antigo e Aceito – da República Federativa do Brasil, e foi o primeiro Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Roraima (20/08/1981) e Venerável Mestre da Loja Liberdade e Progresso nº 1, e da Loja Sylvio Lofêgo Botelho nº 3. Foi também o primeiro Soberano Grande Inspetor Litúrgico e fundador das Lojas Maçônicas: “13 de Maio” (em Caracaraí, 22/02/1975); “Sylvio Botelho” (em Boa Vista, 31/03/1980); e “Liberdade e Progresso nº 1” (em Boa Vista, 1981).

Ele tinha 93 anos de idade, dos quais 65 anos dedicados à Maçonaria. Iniciou na Loja Maçônica “Sá Peixoto”, no Município de Tefé, no Amazonas, no dia 18/12/1953. Foi Elevado ao Grau de Companheiro, em 23/01/1954; e Exaltado à Mestre no dia 22/05/1954. Há muitos anos já completou todos os Graus (do 1 ao 33º). Ele é Grão Mestre “Ad-Vitam” da Grande Loja Maçônica do Estado de Roraima (Glomerr) e, meu Padrinho (Iniciador) na Maçonaria, no dia 20/10/2000. Ele estava ao meu lado quando fui Investido no Grau 33º – Grande Inspetor Geral da Ordem -, no dia 14/03/2009, em Palmas, Tocantins.