Uma denúncia enviada à FolhaBV afirma que professores da Escola Estadual Indígena Riachuelo, localizada na comunidade indígena Sucuba, em Alto Alegre, estariam abrindo desvios para que a chuva não invada as salas de aula provisórias.
De acordo com o denunciante, que não quis ser identificado, há dois anos a chuva invade as salas improvisadas e atrapalha as aulas, prejudicando os alunos que muitas vezes são mandados de volta para casa pois a água inviabiliza o estudo no local.
“Nas imagens são professores trabalhando, fazendo gambiarra para improvisar aulas para os alunos. Escolas alagadas, problemas diários e sempre enviam alunos de volta para suas casas por não ter como dar aula na escola”, relata o denunciante.
O que diz a Seed?
A Seed foi questionada sobre a situação e negou que as crianças estão perdendo aulas ou sendo mandadas de volta para casa. Sobre a alegação de que professores estariam abrindo os desvios, a secretaria não esclareceu ao assunto, apenas informou que foram implantados cinco drenos para auxiliar no escoamento da água da chuva e minimizar os impactos no acesso às salas. Confira a nota completa abaixo.
A Secretaria de Educação e Desporto informa que a Escola Estadual Indígena Riachuelo, localizada na comunidade indígena Sucuba, no município de Alto Alegre, está passando por obras de reforma e revitalização. Um dos blocos da unidade já foi concluído e os demais seguem em andamento conforme o cronograma estabelecido.
Reforça que não procede a informação de que os alunos estão perdendo aulas ou sendo dispensados mais cedo. As atividades estão sendo realizadas normalmente, com o comprometimento da gestão escolar e dos profissionais da unidade.
Informa, ainda, que as salas de aula atualmente utilizadas são temporárias, instaladas para garantir a continuidade das atividades escolares durante a execução da obra. Diante do volume de chuvas, a empresa responsável pela reforma, que já está atuando na escola, foi acionada para adotar providências imediatas no entorno das estruturas temporárias.
Foram implantados cinco drenos para auxiliar no escoamento da água da chuva e minimizar os impactos no acesso às salas. O Departamento de Logística da Seed também esteve no local para acompanhar a situação e orientar as ações corretivas.
A Seed segue acompanhando de perto a execução da obra e reafirma seu compromisso com a qualidade da infraestrutura escolar, inclusive nas comunidades indígenas.
O que diz a gestão?
Em nome da Escola Estadual Indígena Riachuelo, queremos fazer alguns esclarecimentos a respeito da nota publicada no dia 13 de Maio publicada pela Folha de
Boa Vista, atestamos que as informações publicadas não são verdadeiras e informamos
que atualmente a Escola esta em reforma para o melhoramento fisico e melhores
adaptações aos nossos alunos.Esse caso que ocorreu foi um caso excepcional; pois como a escola está
passando por reformas e sabemos que haveria alguns transtornos; porém a Escola está
funcionando por estrutura provisória, e no dia do ocorrido, houve um temporal muito
forte, que os canais provisórios de escoamento de água da chuva não conseguiram
suportar o excesso de água, sendo necessária a intervenção da direção por parte da
gestão ajudar na vazão de água. Foi uma decisão tomada juntamente com as Lideranças
da Comunidade e foi um fato isolado. Sobre a informação que há 02 dois anos que isso
vem acontecendo não é verdade, não procede, pois as estruturas temporárias foram
montadas a menos de 06 meses.Esclarecemos que a Secretaria de Educação do Estado de Roraima tem
prestado todo apoio à escola na pessoa do Secretário Mikael e toda a sua equipe de
trabalho. Além disso, ressaltamos que a reforma da escola está acontecendo e que já
aguardávamos há mais de 20 anos e para nós tem sido um sonho e que estamos vendo se tornar realidade. Essa reforma é de grande importância para a comunidade escolar, pois vai proporcionar um melhor espaço físico.Portanto estamos trabalhando com uma estrutura provisória, mas que tem
comportado da melhor forma nossos alunos inclusive todas refrigeradas e por se tratar
de uma Escola Indígena possuímos um calendário específico e diferenciado onde
possibilita reposição de aulas uma vez se for necessário.