Comemorado no segundo domingo de maio, o Dia das Mães segue como uma das datas mais importantes para o comércio brasileiro. Em 2025, a expectativa se manteve alta: cerca de 90% dos consumidores declararam que iriam comprar presentes para a data, segundo levantamento da fintech Koin. Entre as motivações, a principal ainda é o desejo de demonstrar gratidão — fator que impulsiona o consumo, mesmo diante de aumentos de preço.
Apesar da inflação, que elevou em 5,3% o preço dos presentes em comparação ao ano anterior, a maioria dos consumidores optou por valores mais acessíveis. A principal faixa de gasto ficou entre R$ 51 e R$ 150, representando 34,5% dos entrevistados. Em seguida, vêm os gastos entre R$ 151 e R$ 200. Apenas 8% disseram gastar acima de R$ 1.000 no presente para a data.
Além do controle nos valores, o parcelamento também foi uma prática comum. Cerca de 89% dos consumidores dividiram o pagamento, sendo que 37,1% optaram por até cinco parcelas. Outros 20,8% preferiram parcelar em até duas vezes.
Itens mais comprados no Dia das Mães
Entre os produtos mais buscados para o Dia das Mães de 2025, o destaque ficou para roupas e acessórios, que lideraram a preferência com 41,1%. Em segundo lugar vieram os produtos de beleza e cuidados pessoais, como produtos de skincare e lip balm, com 35,5%. Na sequência, aparecem itens de tecnologia, como smartphones e notebooks (21,8%), utensílios domésticos (17,8%) e joias (15,2%).
Experiências também ganharam espaço: cerca de 14,2% dos consumidores apostaram em presentes como jantares e dias de spa, que reforçam uma tendência de consumo mais afetivo e personalizado. No entanto, os itens com menor procura foram flores, livros, produtos de entretenimento e presentes personalizados — tradicionalmente populares, mas que em 2025 ficaram em segundo plano.
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O impacto da inflação e do clima nas vendas
Mesmo com as roupas sendo o item mais presenteado, o setor de vestuário não viu um crescimento expressivo. Segundo dados da consultoria IEMI, as vendas devem crescer apenas 0,8% em volume de peças neste mês de maio, na comparação com o mesmo período de 2024. Ao todo, estima-se que 539,2 milhões de peças sejam comercializadas.
Esse resultado morno tem relação direta com dois fatores: a inflação, que encareceu as peças, e o calor atípico para o período, que desestimulou a compra de roupas de meia-estação ou inverno, tradicionalmente procuradas nesta época do ano. Desde a pandemia, o desempenho do setor têxtil no Dia das Mães tem sido instável, com oscilações que refletem mudanças nos hábitos de consumo e nas condições econômicas do país.
Perfil do consumidor em 2025
O comportamento de compra também mostra outras curiosidades. Cerca de 18,8% dos consumidores só decidem o que comprar na hora, enquanto 12,2% compram exatamente o que as mães pedem. Além disso, 37% das compras foram feitas de forma online — um número expressivo que reforça a força do e-commerce em datas comemorativas.
Em resumo, o Dia das Mães de 2025 manteve sua relevância para o varejo, mas refletiu um consumidor mais cauteloso, que busca equilíbrio entre afeto, preço acessível e praticidade. Roupas e itens de beleza seguem no topo da lista, mas a busca por experiências e tecnologias mostra que o presente ideal pode ir muito além do tradicional.
