Letras Saborosas

letras saborosas 08 09 2018 6888

Este ano se comemora os 50 anos da publicação do livro “História da alimentação no Brasil”, obra do escritor potiguar Luis da Câmara Cascudo, com 900 páginas. Essa é uma obra fundamental para todos que querem entender melhor a formação da culinária brasileira. Todo estudante de gastronomia deve ler e ter um exemplar para pesquisas contínuas sobre o assunto.

Câmara Cascudo levou vinte anos pesquisando para nos dar a enciclopédia com a formação de nossa cozinha brasileira, passando pelas culturas indígena, portuguesa e africana. Foi a partir desse livro que minhas pesquisas iniciaram e até hoje norteia todas as minhas investigações, foi  Cascudo que mostrou a importância  do conde italiano Ermanno Stradelli para a Amazônia, principalmente para os estados do Amazonas e Roraima, e foi com ele que comecei o estudo do tucupi negro.

O legado do escritor está sob a proteção da neta Daliana Cascudo e do Instituto Câmara Cascudo – Ludovicus. Hoje a receita é de família, da minha cunhada Aurora, que esteve passeando pelo extremo norte e fez para nós o famoso pão de queijo mineiro. Até o próximo sábado! 

PRATO DO DIA

Pão de queijo da cunhada

INGREDIENTES: 01 xícara de leite 01 xícara de água ¾ xícara de óleo de soja 01 colher de sopa rasa de manteiga 08 ovos pequenos 03 xícaras de queijo Minas curado  01 kg de polvilho doce 01 colher de sopa rasa de sal

MODO DE FAZER: Numa panela grande coloque o leite, a água, o óleo, a manteiga e o sal e deixe levantar fervura. Em seguida colocar todo o polvilho doce para escaldar, misturando com uma colher para não ficar grumos. Deixar esfriar um pouco antes de colocar os ovos, colocando de dois em dois.

DICA: dependendo do tamanho dos ovos, para essa quantidade de massa será de 6 a 8 ovos. Colocar aos poucos os ovos, sovando até que a massa fique homogênea e com uma consistência mole.

Adicionar as três xícaras de queijo minas curado ralado grosso. Caso queira com sabor mais forte, colocar um pouco de queijo parmesão. Se após colocar o queijo, a massa ficar dura, acrescente mais um ovo. A massa tem que ter consistência para enrolar os pãezinhos. Para enrolar, untar as mãos com óleo e ir colocando os pães de queijo numa forma deixando uma distância entre eles. Asse por aproximadamente 45 minutos em forno pré-aquecido a 180°C, até ficarem dourados.

SEGUNDA EDIÇÃO DA FEIRA VEGETARIANA SERÁ DOMINGO NO RORAIMA GARDEN SHOPPING

Os adeptos da culinária vegetariana e vegana terão amanhã, dia 9 a partir das 15 horas a segunda edição da Feira Vegetariana organizada pelo Espaço Vida e Espaço Chef Caçari.

A feira, que foi um sucesso de público no ano passado, vai apresentar produtos da linha vegana e vegetariana. Para quem não sabe a diferença: o vegetariano não consome nenhum tipo de alimento de origem animal, inclusive ovos, leite e derivados. Já o vegano não consome nada de origem animal, além da alimentação também não utiliza nada que contenha matéria prima de origem animal, seja no vestuário, em produtos de beleza ou para limpeza.

Feira terá muitas comidas veggie, como hambúrguer, pizza, iogurte, salsicha, queijo, brownie e muito mais. A novidade deste ano é a participação do Viveiro Lara Flores que vai levar  mudas de temperos, como manjericão e alecrim, entre outros.

Haverá uma oficina culinária gratuita para ensinar sushi vegano, desde o preparo do arroz ao recheio. As empresas Vivá; Ervas Medicinais; Taste Sweet; Cozinha Vegana; SOS alergia; Zero Lactose; Veg&tal; Viveiro Lara Flores e Farage’s, estarão participando desta feira.

MANDIOCA COZINHA É NOVIDADE NO CENTRO DE SÃO PAULO

Mandioca, aipim, macaxeira, pão da terra, rainha do Brasil; são muitos apelidos, para uma só raiz. Soberana na culinária brasileira, a mandioca ganha um restaurante inteiramente dedicado a ela no centro da cidade de São Paulo. O Mandioca Cozinha, restaurante da chef pernambucana Madu Melo, recém-inaugurado na Vila Buarque, novo pólo gastronômico da capital.

A casa explora todas as facetas gastronômicas dessa planta 100% nacional e 100% aproveitável, com receitas caseiras, glúten free, opções veganas, uso de ingredientes sazonais e preferencialmente orgânicos e agro ecológicos. Em todo o menu, carta de bebidas, com direito a suco e destilado de mandioca, e até mesmo com alguns itens da decoração, como louças verdes, com copos sustentáveis e recicláveis feitos com amido de macaxeira. A estrela é a mandioca.

O restaurante temático explora a versatilidade da mandioca e traz receitas de diferentes regiões do país, com tucupi, pirão, bobó, sagu, e destilados como a tiquira. Outra preocupação da casa é refletir a diversidade étnica, de gênero e cultural, com uma equipe multicultural, tanto na cozinha quanto no salão. Há vários imigrantes de países como Angola e Congo, vindos de uma parceria com o Adus (Instituto de Reintegração do Refugiado), bem como hostess e atendentes transexuais, selecionados por meio da Transempregos.  

Cardápio traz a mandioca da folha à raiz, tudo se aproveita para formar tapiocas, beijus, farinhas, polvilhos, caldos, mingaus, bebidas fermentadas e destiladas. Mandioca significa literalmente “filha da tribo” (mani = filha, oca = local onde mora a tribo). Diz à lenda que, no lugar em que morreu uma linda índia, nasceu uma planta. E ela foi, assim, chamada de “Manioca”.  

O conceito informal e descolado de auto-serviço, o restaurante não tem garçons, o cliente faz o seu pedido, retira-o na cozinha aberta, de onde se pode observar os preparos, leva para a mesa e recolhe sua bandeja. Nos fins de semana e feriados, a casa terá garçons. 

Restaurante Mandioca Cozinha fica na rua Doutor Cesário Mota Junior 187, Vila Buarque, São Paulo. Informações pelo site www.mandiocacozinha.com.br