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Editorial

Todos os dias somos chamados a tomar decisões seja de cunho pessoal ou profissional. A vida moderna praticamente nos impõem a tomar decisões, que, na maioria das vezes não temos tempo para decidir corretamente. Acredito que a vida é feita de ciclos de 7, ou seja, de 0 a 7 anos, de 7 a 14 anos, de 14 a 21 anos, de 21 a 28 anos e assim sucessivamente. A cada ciclo, somos convocados a tomar importantes decisões que poderão ter consequências nos próximos ciclos.

Dentro desse raciocínio, uma empresa, quando nasce, também vive de ciclos que variam de 5 a 7 anos, tanto que segundo estatísticas do SEBRAE poucas são as empresas que passam dessa fase. Quando o empreendedor decide montar seu próprio negócio ele já começa o processo decisório, onde uma das primeiras decisões é, que tipo de negócio eu vou montar? A partir dessa decisão o empresário passa por muitas outras importantes decisões ao longo do ciclo de vida da empresa.

A grande questão é que, quanto mais tempo uma empresa está no mercado, mais difícil e complexo são as decisões a serem tomadas. Quando contratar mais funcionários? O momento certo de ampliar a operação da empresa? Abrir ou não abrir uma filial? Diversificar o foco do negócio? Contratar uma empresa de consultoria, dentre outras. É bem provável que você já tenha se deparado com algumas dessas situações. A pergunta é, como tomar essas decisões e minimizar os erros? 

Boa leitura!

Fabiano de Cristo Consultor Empresarial [email protected]

A HORA DE DECIDIR 

Alguns momentos definem o rumo da atividade empresarial e da sobrevivência do seu negócio. Por exemplo: ter ou não um sócio. Mudar a logomarca ou permanecer com a antiga. Investir em inovação ou permanecer na mesmice. Informatizar ou não os processos da empresa. Nessas horas, geralmente estamos diante de dois ou mais caminhos. E precisamos tomar uma decisão. Na maioria das vezes, recorremos à lógica, às emoções, aos amigos, aos pais, ou a qualquer um pitaqueiro de plantão com uma sugestão. E, enfim, escolhemos com um baita medo de errar, não é verdade?

Em linhas gerais o nosso cérebro trabalha com Três situações capazes de estimular alguns desses dilemas. A primeira situação é representada pelo desejo de chegar a uma conclusão mais lógica. Outra está ligada a tudo o que você já viveu e aprendeu. E a terceira tem a ver com seus antepassados. Cada uma das três analisa as alternativas por um ponto de vista, mas nenhuma consegue resolver o problema sozinha. Isso significa dizer que, na maioria das vezes tomamos decisões baseadas na razão, instinto ou experiências.

Reconhecemos que tomar decisões não é tarefa fácil para nenhum gestor, sobretudo porque ela envolve as três situações descritas anteriormente. Duas delas (instinto e experiência) cuidam do seu presente, a outra (a razão) pensa no seu futuro. Por isso, diante de uma encruzilhada, o melhor é tentar organizar essa briga. Antes de decidir se quer mesmo encarar uma mudança radical na sua empresa, talvez você resolva usar a razão, ou não. O importante é pensar se aquele problema merece uma consideração mais racional ou emotiva. E só aí começar a julgar as informações e os argumentos. 

Muitos gestores apresentam grande dificuldade para tomar decisões. Outros não conseguem fazê-lo de modo algum. Uma vez consumada, a decisão é uma estrada sem volta. As consequências virão, cedo ou tarde, positivas ou negativas. Por isso, a decisão exige um compromisso efetivo com a escolha feita e suas consequências. Isso nem sempre é fácil, por três motivos: Não existe decisão perfeita, porque não podemos analisar todas as alternativas e todas as consequências; ao optar por uma alternativa, temos de renunciar às outras, e isso gera sempre um sentimento de perda, mesmo quando a decisão é eficaz; toda decisão é um ato absolutamente individual e intransferível. Não se pode decidir pelos outros nem culpar os outros pelas suas más ações.

A capacidade de tomar decisões firmes, claras e no tempo certo é uma importante característica de liderança. O tipo de decisão, porém, varia conforme as circunstâncias. Por isso, é preciso sempre fazer uma análise da situação e de possíveis implicações, com o máximo de elementos possíveis, para que, ao menos, você possa tomar uma decisão com embasamento de conhecimento. Cada decisão implica um efeito, para o bem ou para o mal. Tente reduzir os riscos futuros: liste os efeitos possíveis de cada ação, avaliando as probabilidades de sua ocorrência e o dano que possa causar. Avalie também as consequências no tempo: imediatamente, em curtos e longos prazos. Na medida do possível, privilegie os resultados em longo prazo ao invés de valorizar apenas os efeitos mais imediatos.

As causas de um fracasso em determinada decisão podem ser das mais diversas, desde superstições até a total “ignorância” do empresário em determinado mercado. Em um mercado de economia insipiente como o nosso, qualquer tipo de decisão deve ser muito bem pensada antes de ser tomada, pois pode comprometer toda a imagem da sua marca ou colocar em risco toda uma estrutura construída. Lembre-se que toda a vida empresarial é controlada por decisões. Portanto, não tenha medo de escolher. Pense nisso e até a próxima semana.

RESENHANDO

Aqui vão algumas sugestões para auxiliá-lo em possíveis decisões. Analise bem o seu problema: O que é que tem que decidir? Formule bem o seu problema. Para fazer a escolha certa é necessário analisar com muito cuidado os problemas em causa, avaliando a sua complexidade e tentar ao máximo evitar eventuais prejuízos. 

Recolha opiniões de outras pessoas – Depois de ter refletido bem, procure obter perspectivas de outras pessoas em relação à forma como encaram a situação em causa. Normalmente os que estão de fora veem sempre melhor os problemas de dentro. 

Siga o seu instinto – Deixe a sua experiência e o seu instinto falar por si. Com certeza que a soma destas duas forças – juntamente com a eliminação de algumas das hipóteses colocadas – você fará a melhor escolha e, consequentemente, tomará a decisão adequada.