Parabólica

Parabolica 12 12 2018 7368

Bom dia,

É cada dia mais visível que o aparato dos regimes internacionais de meio ambiente e de direitos humanos vai tentar sitiar o futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). Sobre qualquer manifestação do presidente eleito, ou de algum de seus futuros ministros vem logo uma enxurrada de críticas desse aparato, que tem imensa penetração de parte da grande mídia, ela própria, financiada com dinheiro desse aparato internacional.

A última investida contra o governo Bolsonaro veio depois que o futuro ministro das Relações Exteriores, Eduardo Leite, disse que o Brasil sairá do acordo sobre migração assinado esta semana no Marrocos, por 140 países sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU). Tudo porque o futuro ministro não quer aceitar a imposição da ONU e de seu aparato, no sentido de que a migração tenha que ser tratada à luz das decisões dela. Para ele, cada caso é um caso, e a migração deve ser tratada à luz da soberania de cada país.       

TROFÉU?

Roraima tem dois senadores eleitos (Mecias de Jesus e Chico Rodrigues e um que ainda tem quatro anos de mandato, Telmário Mota), mas quem estava ao lado, para fotografia na saída do Palácio do Planalto, do governador eleito e interventor federal Antonio Denarium (PSL)? Claro que era ele, o ainda notório senador Romero Jucá (MDB), que sorridente postou-se na ilharga de Denarium, como se estivesse exibindo um troféu ganho em mais uma patuscada política promovida aos borbotões pelo atual governo federal para encher a bola dele. E Temer parece que não desiste de tentar salvar seu correligionário local, mesmo depois das urnas falarem.

PARA QUÊ? 1

Faz mais de um ano que a ex-governadora Suely Campos (PP) pediu ao governo federal cerca de R$ 200 milhões para fazer frente aos gastos adicionais em setores estratégicos do estado como saúde, educação e segurança; decorrentes da migração de venezuelanos para Roraima. O notório senador Romero Jucá – e como ele gosta de fazer isso – já tinha dito, com ar de quem manda no governo de Roraima, que a ajuda que Temer mandaria para Roraima seria de R$ 200 milhões, por conta da intervenção federal no governo Suely Campos. Até o deputado federal Jhonatan de Jesus (PRB) fez declarações dizendo muito antes que os R$ 200 milhões seriam insuficientes para o enfrentamento dos problemas mais urgentes do estado.

PARA QUÊ?2

Ora, todos já sabiam, portanto, que o repasse a ser feito para o governo estadual por conta da intervenção federal em Roraima seria de R$ 200 milhões como restou comprovado pelo anúncio feito, ontem (terça-feira), ainda no Palácio do Planalto, pelo interventor e governador eleito Antonio Denarium após festivo encontro com Michel Temer e seus ministros. O que fica difícil de ser explicado é porque tanta despesa para fazer o anúncio daquilo que todo mundo já sabia. Será que para propiciar o aparecimento do notório Romero Jucá como o salvador da pátria? Parece que sim.

CANDIDATOS

O pedido de registro de chapas só vai ocorrer na manhã do dia 1º de janeiro de 2019, pouco antes de ocorrer a votação, mas nos bastidores da política local quase ninguém tem mais dúvida da existência de dois candidatos à presidência da Assembleia Legislativa do Estado (ALE): o atual presidente Jalser Renier (SD), que tentará reeleição, e o deputado estadual Soldado Sampaio (PCdoB), que tem apoio quase declarado do governador eleito Antonio Denarium. A disputa pelo voto dos 24 deputados estaduais que vão eleger o futuro presidente da ALE segue renhida e promete muitas emoções até o dia das eleições.

JOGO BRUTO

Quem deu a senha de que a eleição para a presidência da ALE será na base do jogo bruto foi o próprio governador eleito Antonio Denarium ao revelar, em entrevista coletiva, que reconduzirá a delegada Giuliana Castro para a Delegacia-Geral da Polícia Civil em virtude do fato de estar ela empenhada em investigações sobre prováveis irregularidades no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado. A declaração de Denarium somada àquela barulhenta e vistosa entrega de ofício, por policiais civis, em gabinetes de deputados estaduais na ALE, foram combustíveis suficientes para boatos indicativos de que a disputa pela presidência do Poder Legislativo vai muito além dos votos dos deputados estaduais.

OPERAÇÕES

Dentre os vários boatos, alguns plantados em redes sociais dão conta de possíveis operações policiais contra a Assembleia Legislativa do Estado, inclusive com pedido de prisão contra membros da Mesa Diretora. Acontece que as informações mostram-se inconsistentes na medida em que indicam o emprego da Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal, no âmbito do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Mesmo que no Brasil de hoje estejamos com muita insegurança jurídica no que diz respeito à competência dos diversos níveis da justiça e de suas jurisdições fica difícil imaginar que a jurisdição da justiça estadual seja invadida pela justiça federal.

ELEIÇÃO

Toda essa boataria tem a clara intenção de alcançar a eleição da Mesa Diretora da ALE. Alguns deputados estaduais, um pelo menos falou à Parabólica, já receberam pedidos de votos sob o argumento de que a eleição da presidência do Poder Legislativo vai ser fortemente influenciada por ações policiais e judiciais capazes de alterar o atual cenário que dá como certa a reeleição do atual presidente Jalser Renier. É com base nessas informações que a Parabólica diz que a eleição da Mesa Diretora da ALE vai ser na base do jogo bruto. E pode sobrar estilhaços para todo lado.