Opinião

Opiniao 25 07 2018 6639

Quando ser bilíngue? – Luciano Galdino Brito Dias*

Por muitas décadas, a disciplina de inglês foi vista como menos importante e com pouca carga horária na grade curricular. Isso se propagou por muitos anos. Alguns alunos buscavam escolas de idiomas ou estudavam em casa e seguiam adiante com uma bagagem maior em outra língua. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), é estimado que cerca de 85% dos docentes que dão aulas de inglês para alunos de escolas públicas não dominam o idioma. Mas diante de um novo movimento, cada dia mais acelerado na educação, isso precisa mudar, pois as exigências serão cada dia mais fortes para o domínio da língua, até, mesmo, dentro de casa.

Há um momento ideal para começar a estudar inglês?

As crianças têm mais facilidade em aprender outras línguas, diferentes da nativa, porque a plasticidade de seus cérebros permite que os dois hemisférios sejam usados no momento da aula. Já nos adultos é diferente – esse processo ativa somente um hemisfério. Por isso é importante inserir outras línguas na infância ou na adolescência, sempre que possível.

Os benefícios do bilinguismo vão além do mundo dos negócios, ou simplesmente do ambiente das escolas. No Brasil, o mercado de escolas de idiomas movimenta 7 bilhões de reais; a maioria dos pais preferem investir desde cedo, já pensando no futuro profissional dos filhos. 

Com o passar dos anos e a necessidade constante de crianças se comunicarem em inglês, a escola bilíngue nasceu, com o objetivo de proporcionar mais tempo de interação na língua. Mas, ainda assim, aprender inglês não significa ter aulas de inglês, mas sim, proporcionar ao aluno a convivência com a língua nos diversos ambientes e momentos do dia a dia. Isso significa aprender em inglês, e não, aprender inglês. Já são 30 mil escolas particulares no país, que se esforçam cada dia mais para oferecer um ensino de qualidade.

Apesar do investimento dos pais, apenas 1 a cada 10 jovens entre 18 e 24 anos tem proficiência no inglês. Para a próxima geração, caso nada seja feito para melhorar esse número, espera-se que apenas 12% dos jovens dessa idade sejam fluentes na língua. Para aumentar esse número, precisamos unir cinco personagens no processo de ensino e aprendizagem: aluno, professor, pais, gestor pedagógico e mantenedor. Essas pessoas devem conversar a mesma língua, e juntos, contribuir para o aprendizado do aluno. Tudo isso por meio de projetos digitais, materiais impressos, aulas práticas, ou seja, tudo aquilo que chame a atenção da criança que está aprendendo. O professor passa a ser um intermediário nesse momento da educação.

Mesmo na fase adulta, aprender inglês pode ser um grande benefício para o processo de envelhecimento, além de ser uma conquista para cada pessoa, cada objetivo.

*Diretor de Soluções Educacionais da Conexia – Grupo SEB

QUEBRANDO O SILÊNCIO 2018 PREVENÇÃO AO SUICÍDIO – Dolane Patrícia*

De todas as campanhas que participei, Quebrando o Silêncio, é a que mais me fascina.

Todo ano, em todo o país, são feitas campanhas pelas Igrejas Adventistas do 7º Dia em todos os Estados do Brasil em oito países da América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

Segundo o site www.adventista.org, a campanha se desenvolve durante todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto. Este é o “Dia de ênfase contra o abuso e a violência”, quando ocorrem passeatas, fóruns, escola de pais, eventos de educação contra a violência e manifestações na América do Sul.

A cada ano um tema é escolhido para ser discutido e abordado com propósito de conscientizar a comunidade e ajudar as vítimas. O tema de 2018 é suicídio e já começou a ser abordado nas redes sociais dentro da campanha Quebrando o Silêncio. 

A campanha possui revistas nas versões adulto e infantil e serão distribuídas inteiramente grátis. 

De acordo com Euciany Saraiva, Coordenadora do projeto em Manaus e Boa Vista, Quebrando o Silêncio é uma campanha que já existe há 11 anos e tem por objetivo promover ações contra a violência na família, escola e comunidade.

Ainda segundo Euciany, “a campanha visa conscientizar a população em geral, em particular que devemos proporcionar um ambiente seguro para todas as pessoas, ajudando a combater este grande índice de violência”.

Promover a paz para um mundo melhor por meio da distribuição de panfletos, revistas e palestras, formando um padrão cultural de que a violência é inaceitável em quaisquer formas, esse é o foco do projeto. 

Um ambiente acolhedor, receptivo e, acima de tudo, humano pode ajudá-lo a superar as consequências da violência, da dor, ou de um passado de maus-tratos, mesmo os puramente psicológicos.

Você pode fazer a diferença, abrindo caminho para a superação. O primeiro passo é quebrar o silêncio, falar sobre o assunto, sobre a depressão, ansiedade, estresse, traumas psíquicos, sentimento de culpa, buscar ou oferecer ajuda. 

Esse é o apelo da Associação Amazonas Roraima- AMARR, que toma a iniciativa de realizar a IV corrida Quebrando o Silêncio, que é um evento esportivo e que será realizada em Boa vista dia 9 de setembro de 2018. Haverá ainda a corridinha Kids, todos pela vida, que está com inscrições abertas. Você poderá obter mais informações através do telefone 99111-3740, na sede dos Atletas da Esperança e na Escola Adventista de Boa Vista!

Será uma manifestação pacífica e irá deixar o recado da Igreja Adventista na prevenção do suicídio. Também irá alertar a sociedade em geral sobre os problemas emocionais em qualquer de suas formas, e irá ajudar a superar traumas. 

Pensando nisso, foram distribuídos mais de 30 mil livros ”Poder da Esperança”, pela Igreja Adventista do 7º Dia, em todo o Estado, com capítulos que falam sobre doenças emocionais. 

O livro é inteiramente grátis e você pode adquirir participando da série: Saúde Emocional e a Felicidade, idealizada em Boa Vista, pelo pastor Lucivaldo Medeiro Brandão. Está acontecendo na Rua Rocha leal, no Centro da Cidade, atrás do Hospital Coronel Mota, com a presença do Psiquiatra Wilson da Silva Lessa Júnior, (Dr. Lessa) juntamente com renomados pastores adventistas, como pastor Arlindo Kerfler, que participou do último programa!

Hoje você já pode se inscrever na corrida Quebrando o Silêncio “Todos Pela Vida” através do site: www.ticketagora.com.br.

É importante inscrever seu filho na Corridinha Kids, pois como diz Karl Mannheim: “O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.”

Precisa haver uma conscientização geral, uma mobilização da sociedade. E mais do que tudo, está na hora de quebrar o silêncio, falar sobre o tema e incentivar as pessoas com depressão a procurar ajuda de um profissional.

Entretanto, não são apenas pessoas depressivas que chegam a cometer suicídio, mas diversos outros transtornos podem contribuir para essa prática, por iss
o que é necessário sempre procurar usar palavras que elevem a autoestima, seja na família ou no trabalho, pois, as doenças emocionais são internas e os sintomas nem sempre são visíveis.

Muitas vezes, o que a pessoa precisa, é apenas ser ouvida e não criticada, com acusações como: “está com preguiça, frescura”, falta do que fazer, está sem Deus…”. Depressão e as demais doenças emocionais são doenças que precisam ser tratadas e o papel da família e amigos é fundamental!

Segundo o Jornal Folha de Boa Vista informou, Roraima está em segundo lugar no ranking brasileiro de morte por suicídio, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

Junte-se a nós na Campanha Quebrando o Silêncio 2018, na prevenção ao suicídio e lembre-se: “A vida é como um livro, cada dia uma página, a cada hora um novo texto. Um novo dia, é como uma página em branco na sua vida, escreva apenas o que vale a pena!” (sic).

*Advogada, Juíza Arbitral. Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Pós Graduada em Direito Processual Civil. Personalidade Brasileira e Personalidade da Amazônia. Acesse: dolanepatricia.com.br.

Em que mar navegamos? – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Nunca, em todas as civilizações, a vida humana alcançou um nível tão avançado de evolução, quanto hoje.” (Waldo Vieira)

Estou mais inclinado a acreditar que ainda temos muito que evoluir até o novo dilúvio chegar. Mas vamos navegar, mas em águas nada turvas. Porque o que vejo, e me preocupa é que estamos navegando à deriva. Esse blá-blá-blá das autoridades sobre o desemprego no Brasil está me preocupando mais do que o desemprego. Já somos, no Brasil, cerca de trinta e quatro milhões de habitantes. E continuamos com os mesmos pensamentos anacrônicos, dos dirigentes, de séculos passados. 

No início da segunda metade do século vinte, o SESI e a indústria paulista iniciaram um trabalho notável para o desenvolvimento profissional. A população do Brasil, à época, não chegava a noventa milhões de habitantes. De lá para cá quase triplicou. E continuamos os mesmos, com os mesmos pensamentos, quanto ao desenvolvimento do País. A Educação iniciou seu nado em direção ao nada, e sem ela nunca seremos nada. Então vamos pensar nisso e fazer nossa parte. E vamos começar a partir de agora, mudando nossos pensamentos quanto à política que construímos e alimentamos. 

Tenho me preocupado com os comentários de especialistas, sobre a falta de empregos. Os argumentos sobre o aparente descaso das empresas, sobre o preparo dos candidatos estão muito aquém do profissionalismo. Na verdade, não podemos confundir banda de fuzileiros com bunda de funileiros. Que é o que me parece que está acontecendo. Nossa cultura anda meio vulgarizada. E isso pesa na preparação dos profissionais. E quem está pensando nisso como isso deve ser pensado? 

Há detalhes importantes na preparação do profissional, que não estão sendo observados pelos preparadores, por parecerem simples e ultrapassados. O que já indica um despreparo de quem prepara. Qual o seu comportamento durante um teste para um emprego? Você leva em consideração a sua postura diante do entrevistador? A importância de sua elegância, e o que você considera como elegância? Alguém já disse que “Sua elegância não está no vestido elegante que você usa, mas ele é fundamental para sua elegância”. Reflita sobre isso. 

Há defeitos que adquirimos no cotidiano e que os levamos para uma entrevista, mesmo sem percebermos. E isso pesa na balança, pra dedéu. E depende da competência do entrevistador. Cuidado com o seu linguajar aparentemente simples. Ele pode estar rebaixando sua nota. E isso é muito comum, quando não levamos em consideração a importância numa entrevista para um emprego, por mais simples que ele seja. Pense nisso. 

*Articulista [email protected] 99121-1460