Opinião

Opiniao 23 08 2018 6793

PANELA DE PRESSÃO – Vera Sábio*

Não preciso aqui explicar para qualquer pessoa o que é uma panela de pressão. Todos sabemos que a panela precisa de uma válvula por onde sai o vapor ou se isto não acontecer, ela explode, certo? Estamos vivendo em Roraima o acúmulo de problemas, também provenientes da entrada de estrangeiros sem muita cautela e em números exagerados; incapazes de serem bem distribuídos e suportados por nossa panela de pressão chamada Boa Vista.

Quando tudo fica muito tumultuado, seja internamente ou externamente, perdemos o controle e o estresse é geral; não conseguindo visualizar pessoa por pessoa e separar o joio do trigo. Acabando por acontecerem maiores injustiça no aumento desfreado da violência.

O caos só aumenta e isto desde uns 3 anos quando começaram a chegar mais e mais venezuelanos e indígenas venezuelanos a nosso país. Enfim o resultado é a explosão que está ocorrendo e uma revolta sem controle, nem político, nem psicológico e muito menos estrutural.

Eu, com meu pouco entendimento, ainda não consegui saber o objetivo real, por de trás do governo federal em não dar atenção necessária para minimizar esta terrível situação. Pois nem constitucional e nem religioso, a regra diz que primeiro se cuida dos outros de fora, quando não se tem o suficiente para cuidar dos filhos da pátria…

Nunca uma mãe de muitos filhos, tristes e desnutridos, com tanta mortalidade infantil, carência de saúde e educação e com tanta falta de segurança; com pessoas morando nas ruas o que sempre tivemos em nosso país; vão priorizar os estrangeiros, dar a eles aluguel solidário, todos os direitos que nós filhos, precariamente temos e pior ainda, ficar esta enorme população,praticamente toda centrada no mesmo Estado. Já que é insignificante os poucos qualificados que foram para outros Estados do país, e isto se quiseram ir, se não quiseram, pronto, ficam por aqui mesmo.

Sou contra a violência e sei que violência só traz violência; e por isto reafirmo que o que nossos governantes estão fazendo com nosso povo, é uma tremenda violência a ponto da revolta estar produzindo a prática horrível que acredito que ninguém quer, principalmente porque acaba sofrendo crianças e pessoas inocentes, sempre em primeiro lugar.

Precisamos acabar com a panela de pressão que estamos vivendo, precisamos de algo mais brando, mais seguro, mais saudável e com melhor educação.

Infelizmente não dá para fazer omeletes sem quebrar os ovos, então que agora os governantes sejam eficazes, o que ainda não foram, para que possamos ter um pouco de paz.

Que neste período eleitoral, sejamos mais conscientes e crentes do poder que o voto tem, para que coloquemos para nos representar pessoas sem ficha suja e realmente comprometidos e tornar este Estado um local que ainda possamos ter orgulho de morar, o que agora todos só temos decepções.

* Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe, e cega com grande visão interna.

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A crise migratória e o descaso do Governo Federal –  Flamarion Portela*  O Estado de Roraima vive a maior crise de sua história devido ao grande fluxo migratório de venezuelanos, que fogem de seu País devido a fome, a miséria e até mesmo perseguição política.

Única porta de entrada dos venezuelanos que chegam em busca de uma vida melhor em nosso País, Roraima sofre, além das consequências diretas do grande número de pessoas que atravessam a fronteira todos os dias, com o descaso do Governo Federal ante ao atendimento direto a esses migrantes, que só nos seis primeiros meses deste ano, de acordo com a Polícia Federal, já somam mais de 16 mil que pediram refúgio no Brasil, sendo que a grande maioria deles permanece em solo roraimense.

Enquanto o Governo Federal demonstra verdadeira inércia para ajudar Roraima a proporcionar um atendimento mais humano aos migrantes venezuelanos, todos os dias centenas deles lotam os corredores dos hospitais públicos. Somente no HGR (Hospital Geral de Roraima), principal unidade de saúde do Estado, foram registrados de 2015 até julho de 2018, total de 18.944 atendimentos a venezuelanos, com 1.621 internações – hoje a unidade tem 684 venezuelanos internados. Apenas nos seis primeiros meses deste ano foram realizados mais atendimentos a venezuelanos que no ano passado inteiro.

De acordo com dados da Polícia Militar, o número de ocorrências envolvendo venezuelanos cresceu 132% de 2015 até agora. Diariamente, vemos nos jornais locais algum relato de crime envolvendo migrantes da Venezuela.

O aumento da insegurança no Estado levou a governadora Suely Campos a pedir novamente ao Governo Federal reforço na segurança pública de Roraima, ato que vem sendo feito desde 2016, mas sem atendimento.

No início desta semana, após conflito entre brasileiros e venezuelanos em Pacaraima, o Governo de Roraima protocolou nova ação no STF (Supremo Tribunal Federal), cobrando medidas eficazes no contexto de segurança, saúde e controle de pessoas na fronteira com a Venezuela. Países como a Colômbia e o Equador, que também têm recebido grande fluxo migratório de venezuelanos, anunciaram esta semana medidas restritivas a entrada deles em seu território. Por que o Brasil também não pode fazer o mesmo?

Até mesmo o processo de interiorização até agora não tem surtido o efeito necessário para diminuir os impactos em Roraima. De abril para cá, apenas 820 venezuelanos foram levados para outras cidades. Isso é praticamente o número de migrantes que atravessam a fronteira todos os dias. O Governo Federal precisa ter um olhar mais atento para o que está acontecendo em nosso Estado. Somos a unidade mais pobre da Federação e não podemos arcar sozinhos com os custos dessa migração desenfreada. Roraima pede socorro. Um País não cabe dentro de um Estado.   *Presidente do Iteraima e ex-governador de Roraima

UM BRASILEIRO SIMPLESMENTE BRILHANTE! – Ranior Almeida*

Na ultima segunda feira (20/08/2018), o Tenente-coronel Aviador Reformado e Engenheiro Aeronáutico Ozires Silva publicou um artigo de opinião no Jornal Folha de São Paulo (https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/08/juntos-somos-mais-fortes.shtml) com o título: “Juntos, somos mais fortes”, neleenaltece a parceria da EMBRAER com a empresa norte-americana de aviação Boeing.

O que me trouxe uma grata surpresa, pois quando começou o “zumzum” a respeito dessa parceria, escrevi neste mesmo espaço em 24/08/17 (http://www.folhabv.com.br/coluna/Opiniao-24-12-2017/5392). Na oportunidade, fiz apontamentos sobre a importância desse acordo entre EMBRAER e Boeing.

No texto ele menciona os benefícios para a empresa brasileira, “A parceria com a Boeing poderá tornar a Embraer mais forte e preparada para competir nos próximos anos. Juntas, vão criar novos produtos e crescer, explorando oportunidades nos mercados.” ocorre pela empresa norte-americana reconhecer a qualificação técnica da mão de obra e engenharia da Embraer.

A quem diga que esse posicionamento é “entreguista”, afirmo o contrário,
pois medidas como essas garantem a produção, exportações e empregos para o Brasil. No mundo em que as grandes empresas estão sempre unindo força para se tornarem mais competitivas, como por exemplo, no final do ano passado a gigante europeia Airbus anunciou no final a compra da “fatia” majoritária da canadense produtora de jatos a Bombardier.

Quem é Ozires Silva?Um homem de história magnifica. Desde menino, sonhava em produzir um avião feito no Brasil.Contribuiu muito com a história da aviação brasileira. Começou como piloto de aviação de transportes em 1951 pela FAB, foi instrutor do Correio Aéreo Nacional, formou-se engenheiro aeronáutico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica. No ano de 1969 liderou a criação da EMBRAER.

Inclusive foi o primeiro presidente da empresa que na época tinha o caráter de economia mista vinculada ao antigo ministério da Aeronáutica, o primeiro avião produzido foi o EMB-110 o “Bandeirante”, turboélice destinado ao uso civil e militar com capacidade para até 21 passageiros. Ficando no cargo até 1986. No mesmo ano ocupou a presidência da Petrobras por quase dois anos e foi o Primeiro Ministro da Infraestrutura do Brasil 1990-1991.

Vale muito a pena vê que nos auge de seus 87 anos posiciona-se diante da evolução da fabricante de aeronave que ele ajudou a construir.

*Sociólogo – CRP 040/RR

Esculpindo a vida – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte.” (Gandhi)

Comece sua escultura não permitindo que alguém faça o que você deve fazer. Observe as simplicidades e aparentes insignificâncias. Muitas vezes deixamos de realizar algo que poderia nos engrandecer, por considerá-lo insignificante. Quando na verdade são as insignificâncias que nos apontam a perfeição. Simples pra dedéu. Quando aprendemos a aprender com os erros nos aprimoramos no que fazemos. Já falei pra você, várias vezes, do pensamento do Thomas Edson: “Eu não estou errando, estou aprendendo como não fazer, da próxima vez.” Porque é assim que aprendemos com os erros. A maior tolice é você ficar se martirizando porque errou nalguma coisa.

Comece seu dia pensando no que você deve fazer para viver um dia feliz e rico. E comece não acreditando que a riqueza está no seu poder econômico. Ela está na sua felicidade, no seu modo de viver a vida como se estivesse esculpindo-a. Faça isso como isso deve ser feito. Mas, pensando no melhor para você e para os que compõem esse universo pequeno que habitamos. Você é tão importante como qualquer outra pessoa que você considera mais importante do que você. Ninguém é mais importante do que você, se você se valoriza.

Alguém já nos disse que ninguém além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim. Então esteja sempre a fim de ser feliz. E só você pode construir sua felicidade. Então, vá em frente. O caminho está sempre aberto para todos nós. O importante é que saibamos escolher a vereda que nos convém. Vivemos em um mundo em evolução. E só quando evoluímos é que fazemos nossa parte na evolução da humanidade. E esta depende da evolução de cada um. Os caminhos são livres. Os obstáculos fazem parte do engrandecimento.

Lembra-se do escoteiro “lobinho”, Raimundinho? Quando, num treinamento, lhe perguntei o que ele faria se encontrasse uma árvore atravessada na estrada a resposta dele foi simples e rasteira: “Eu pulo pu riba.”

“Pule pu riba” do obstáculo. Se não for possível, dê a volta pelos lados, mas não pare. Não permita que uma árvore caída seja um obstáculo na sua vida. Você pode, sempre, vencer os obstáculos. É assim que crescemos. E se crescemos, evoluímos. Nunca se deixe levar pelo desânimo. Mente clara abre caminhos largos. Os limites de sua mente estão na sua evolução racional. E a racionalidade está nos pensamentos positivos. São eles que levam você à vitória. E esta está onde você está. É só você saber que pode fazer o que deve fazer para seu bem. Mas tome cuidado com o que você considera bem. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460